Cortar o tempo
"Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente (...)"
Carlos Drummont de Andrade
“A espantosa realidade das coisas é a minha descoberta de todos os dias” – Alberto Caeiro
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
O paraíso é...
...acordar com uma mão pequenina que tenta afastar uma madeixa de cabelo do nosso rosto e que vem acompanhada de um sussurro que diz: "Bom dia, mamã!"
E o meu dia acordou a sorrir-me.
O meu mundo voltou a melhorar...
E o meu dia acordou a sorrir-me.
O meu mundo voltou a melhorar...
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
F***!!!!!
Night falls...doubts rise
...and the fear of knowing nothing creeps in.
Loneliness becomes your companion
...depression becomes your friend
...the world changes shape, everything becomes alien.
Sorrow emanates from you, in your soul a bleeding heart
...
The demons dance insanely
...The eagles' wings are clipped
...the hungry dog is left to die.
...
A vacuum inside sucks away everything leaving you with
......nothing, emptiness.
All attempts have failed, all avenues now blocked.
You are behind God's back and persecution becomes your punishment.
The leaves turn brown and die
......a cold wind caresses your body.
Lost in a maze, searching for a way out
Check............and mate
......the game is over, the battle is lost.
Welcome home my friend.
(from the web)
Mais do que palavras... XIII
A clear midnight
This is thy hour O Soul, thy free flight into the wordless,
Away from books, away from art, the day erased, the lesson done,
Thee fully forth emerging, silent, gazing, pondering the themes thou
lovest best.
Night, sleep, and the stars.
Wal Whitman
This is thy hour O Soul, thy free flight into the wordless,
Away from books, away from art, the day erased, the lesson done,
Thee fully forth emerging, silent, gazing, pondering the themes thou
lovest best.
Night, sleep, and the stars.
Wal Whitman
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
NATAL 2009
Desejo a todos um Natal muito especial e cheio de cor, como O Quinto Andar...
Presépio
Fotografia de André Duarte
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Tomara que parasse...
Paciência
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não para
Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu recuso faço hora ponho a valsa
A vida é tão rara
Enquanto todo o mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência
Será que é tempo que lhe falta para perceber
Será que temos esse tempo p'ra perder
E quem quer saber
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, eu sei
A vida não para
A vida não para não
Será que é tempo o que me falta para perceber
Será que temos esse tempo p'ra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, eu sei
A vida não para
A vida não para não
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não para
Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu recuso faço hora ponho a valsa
A vida é tão rara
Enquanto todo o mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência
Será que é tempo que lhe falta para perceber
Será que temos esse tempo p'ra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara, tão rara
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, eu sei
A vida não para
A vida não para não
Será que é tempo o que me falta para perceber
Será que temos esse tempo p'ra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, eu sei
A vida não para
A vida não para não
domingo, 20 de dezembro de 2009
sábado, 19 de dezembro de 2009
Complicando...
Por vezes somos confrontados com situações novas na nossa vida para as quais não estamos preparados. Invasões inesperadas. Não as desejámos. Não pedimos por elas. Quando nos apercebemos, já estão em nós! Crescem em nós e permitimos-lhe a invasão. Consciencializamo-nos de que tomaram no nosso mundo a forma de uma pequena luz. Ligamos o "complicador" e, embora do tamanho da abelha, verificamos que ocupa todo o espaço em nosso redor. Espaço que, quietinho, discreto se esforçava por passar. Espaço vazio que de bom grado o era. Vazio e tranquilo. Vazio e estável. Há luzes que nada aquecem nem iluminam. Há luzes que apenas nos cegam, deixando-nos desorientados, perdidos. Às vezes, talvez seja preferível o escuro de um quarto vazio. Vazio e tranquilo.
Frase do mês
E lá tenho eu que pegar outra vez no argumento do "cosmos" e da força do "cosmos" e por aí fora! É que a frase deste mês (ultima do ano) diz assim:
Talvez vocês não entendam mas, garanto-vos, entendo eu! É daquelas que parece que vêm mesmo a propósito porque na nossa vida algo acontece que tem tudo a ver.
"A maioria das nossas satisfações vêm de fontes inesperadas"
Herbert Spencer
Talvez vocês não entendam mas, garanto-vos, entendo eu! É daquelas que parece que vêm mesmo a propósito porque na nossa vida algo acontece que tem tudo a ver.
Olha que esta! A cismar até agora...
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Mais do que palavras... XII
Meu Pecado
Escrevo… escrevo… e irei continuar a escrever!
Minha carta está fechada
Bem selada e carimbada
Papel inútil que não me é nada
Mais que a dor atormentada
Desejosa de se esquecer!
Escrevo aquilo que eu quiser!
Serei eu em cada expressão!
Uma fraude de mulher
Que me condene quem puder
Serei eu até morrer
Mas viverei a minha ambição!
Deixem-me abrir as asas e planar!
Deixem-me ir onde quero estar!
Deixem-me ser aprendiz…
Dos erros que irei cometer… que irei dar…
Darei os passos para caminhar
Irei cair!
Mas quero sozinho, me levantar!
Deixem-me voar…
Serei Maria Madalena
Serei p’lo mundo condenado!
Terei sempre comigo a minha pena
Cada qual, a si se condena
Pois não há casa sem pecado!
Não há costas sem costado!
Serei sempre Maria Madalena…
Renato Machado
Escrevo… escrevo… e irei continuar a escrever!
Minha carta está fechada
Bem selada e carimbada
Papel inútil que não me é nada
Mais que a dor atormentada
Desejosa de se esquecer!
Escrevo aquilo que eu quiser!
Serei eu em cada expressão!
Uma fraude de mulher
Que me condene quem puder
Serei eu até morrer
Mas viverei a minha ambição!
Deixem-me abrir as asas e planar!
Deixem-me ir onde quero estar!
Deixem-me ser aprendiz…
Dos erros que irei cometer… que irei dar…
Darei os passos para caminhar
Irei cair!
Mas quero sozinho, me levantar!
Deixem-me voar…
Serei Maria Madalena
Serei p’lo mundo condenado!
Terei sempre comigo a minha pena
Cada qual, a si se condena
Pois não há casa sem pecado!
Não há costas sem costado!
Serei sempre Maria Madalena…
Renato Machado
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
E viva o "despenteanço"!
Daqueles mails que se recebem de vez em quando e que até são porreiros:
O mundo é louco, definitivamente louco...
O que é bom, engorda. O que é lindo, custa caro.
O sol que ilumina o teu rosto, enruga.
E o que é realmente bom nesta vida, despenteia...
- Fazer amor - despenteia.
- Nadar - despenteia
- Pular - despenteia.
- Tirar a roupa - despenteia.
- Brincar - despenteia.
- Dançar - despenteia.
- Dormir - despenteia.
- Beijar com ardor - despenteia.
É a lei da vida: Vai estar sempre mais despenteada a mulher que decide andar na montanha russa, que aquela que decide não subir.
Por isso, entrega-te, come coisas gostosas, beija, abraça, dança, apaixona-te, relaxa, viaja, salta, dorme tarde, acorda cedo, corre, voa, canta, arranja-te para ficares linda, arranja-te para ficares confortável, admira a paisagem, aproveita, e acima de tudo
Deixa a vida despentear-te!!!!
O pior que pode acontecer é que precises de te pentear de novo...
O mundo é louco, definitivamente louco...
O que é bom, engorda. O que é lindo, custa caro.
O sol que ilumina o teu rosto, enruga.
E o que é realmente bom nesta vida, despenteia...
- Fazer amor - despenteia.
- Nadar - despenteia
- Pular - despenteia.
- Tirar a roupa - despenteia.
- Brincar - despenteia.
- Dançar - despenteia.
- Dormir - despenteia.
- Beijar com ardor - despenteia.
É a lei da vida: Vai estar sempre mais despenteada a mulher que decide andar na montanha russa, que aquela que decide não subir.
Por isso, entrega-te, come coisas gostosas, beija, abraça, dança, apaixona-te, relaxa, viaja, salta, dorme tarde, acorda cedo, corre, voa, canta, arranja-te para ficares linda, arranja-te para ficares confortável, admira a paisagem, aproveita, e acima de tudo
Deixa a vida despentear-te!!!!
O pior que pode acontecer é que precises de te pentear de novo...
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Teorias sobre o amor
Altura de correcção e avaliação de muitos trabalhos escolares. A propósito de um trabalho desenvolvido na área de Cidadania relacionado com a Sexualidade na Adolescência, chegou às minhas mãos este curioso texto, bastante teórico, de facto. Pela forma como prendeu a minha atenção, contudo, pensei para comigo que haverá muita alma por esse mundo fora que talvez agradeça a sua publicação e o "enquadramento" desse sentimento que todos perseguimos e quase nunca entendemos ou conseguimos explicar. As pesquisas são da net.
É longo, mas algo interessante. Ora vejam!
O que é o amor?
Todos temos a sensação que sabemos o que é o amor e ao mesmo tempo que não o conhecemos nunca completamente. Também vemos à nossa volta como as pessoas são capazes de amar de formas tão diferentes. Será então que existe uma coisa que é o amor, ou existem vários tipos de amor diferentes?
Vários estudos se têm feito para tentar perceber o amor. Viu-se que o amor é constituído ou formado, por três componentes: a intimidade, a paixão, e a decisão/compromisso.
A intimidade é o componente mais emocional, porque inclui a necessidade de estar próximo, a confiança no parceiro, a protecção, etc. Com a paixão temos em conjunto o romance, a atracção física e a sexualidade. Por último, na decisão/compromisso falamos do momento em que tomamos a decisão de que amamos o outro, e de que aceitamos o compromisso de continuar juntos por muito tempo.
São as várias combinações possíveis destes três componentes, que nos mostram que existem vários tipos de amor diferentes. No quadro podem ver-se como são os tipos possíveis e até quanto tempo é que costumam durar cada uma destas relações amorosas.
Não há amor - Não há Intimidade, nem Paixão, nem Decisão/Compromisso . Isto acontece com muitas das pessoas com quem falamos no dia-a-dia.
Amizade - Há Intimidade, mas não há Paixão, nem Decisão/Compromisso. Esta é uma relação de proximidade, compreensão, afectividade, bondade e apoio emocional.
Amor à primeira vista - Há Paixão, mas não há Intimidade, nem Decisão/Compromisso. Há uma grande atracção física, esta relação pode desaparecer tão rápido como apareceu, em alguns casos dura muito tempo.
Amor vazio - Há Decisão/Compromisso, mas não há Intimidade, nem Paixão. Este é o caso de relações que duram há muito tempo e dos casamentos sem amor.
Amor romântico - Há Intimidade e Paixão, mas não há Decisão/Compromisso. Existe atracção física e apoio emocional, mas os amantes não decidiram que ficariam juntos por muito tempo.
Amor conjugal - Há Intimidade e Decisão/Compromisso, mas não há Paixão. Muitas vezes ocorre nas amizades de longa data, em que a atracção física já não existe, mas existe a decisão de continuar juntos.
Amor irreflectido ou tonto - Há Paixão e Decisão/Compromisso, mas não há Intimidade. São os casos em que é tomada a decisão de continuar juntos com base na paixão, mas em que não houve tempo de criar uma intimidade. Normalmente, não duram muito.
Amor consumado - Há Intimidade, Paixão e Decisão/Compromisso. É mais fácil de chegar aqui do que continuar assim. Normalmente, se há uma mudança num dos parceiros, e o outro não muda, a relação amorosa pode acabar. Se há uma mudança no outro, continua mas já não é na forma de amor consumado.
Vendo o quadro chegamos à conclusão que, além de haver vários tipos de amor conforme os casais, podem existir relações amorosas muito diferentes ao longo da vida de cada um de nós.
No fundo, o amor é uma história que cada um constrói com a ajuda do seu companheiro, pode ser desde um conto de fadas a uma história de terror. Vai mudando ao longo do tempo e às vezes até podemos adivinhar o futuro da relação que se está a construir, mas nunca podemos ter a certeza dele. É aqui que está o mistério do amor.
É longo, mas algo interessante. Ora vejam!
O que é o amor?
Todos temos a sensação que sabemos o que é o amor e ao mesmo tempo que não o conhecemos nunca completamente. Também vemos à nossa volta como as pessoas são capazes de amar de formas tão diferentes. Será então que existe uma coisa que é o amor, ou existem vários tipos de amor diferentes?
Vários estudos se têm feito para tentar perceber o amor. Viu-se que o amor é constituído ou formado, por três componentes: a intimidade, a paixão, e a decisão/compromisso.
A intimidade é o componente mais emocional, porque inclui a necessidade de estar próximo, a confiança no parceiro, a protecção, etc. Com a paixão temos em conjunto o romance, a atracção física e a sexualidade. Por último, na decisão/compromisso falamos do momento em que tomamos a decisão de que amamos o outro, e de que aceitamos o compromisso de continuar juntos por muito tempo.
São as várias combinações possíveis destes três componentes, que nos mostram que existem vários tipos de amor diferentes. No quadro podem ver-se como são os tipos possíveis e até quanto tempo é que costumam durar cada uma destas relações amorosas.
Tipo de amor/atracção - Tipo de relação amorosa
Não há amor - Não há Intimidade, nem Paixão, nem Decisão/Compromisso . Isto acontece com muitas das pessoas com quem falamos no dia-a-dia.
Amizade - Há Intimidade, mas não há Paixão, nem Decisão/Compromisso. Esta é uma relação de proximidade, compreensão, afectividade, bondade e apoio emocional.
Amor à primeira vista - Há Paixão, mas não há Intimidade, nem Decisão/Compromisso. Há uma grande atracção física, esta relação pode desaparecer tão rápido como apareceu, em alguns casos dura muito tempo.
Amor vazio - Há Decisão/Compromisso, mas não há Intimidade, nem Paixão. Este é o caso de relações que duram há muito tempo e dos casamentos sem amor.
Amor romântico - Há Intimidade e Paixão, mas não há Decisão/Compromisso. Existe atracção física e apoio emocional, mas os amantes não decidiram que ficariam juntos por muito tempo.
Amor conjugal - Há Intimidade e Decisão/Compromisso, mas não há Paixão. Muitas vezes ocorre nas amizades de longa data, em que a atracção física já não existe, mas existe a decisão de continuar juntos.
Amor irreflectido ou tonto - Há Paixão e Decisão/Compromisso, mas não há Intimidade. São os casos em que é tomada a decisão de continuar juntos com base na paixão, mas em que não houve tempo de criar uma intimidade. Normalmente, não duram muito.
Amor consumado - Há Intimidade, Paixão e Decisão/Compromisso. É mais fácil de chegar aqui do que continuar assim. Normalmente, se há uma mudança num dos parceiros, e o outro não muda, a relação amorosa pode acabar. Se há uma mudança no outro, continua mas já não é na forma de amor consumado.
Vendo o quadro chegamos à conclusão que, além de haver vários tipos de amor conforme os casais, podem existir relações amorosas muito diferentes ao longo da vida de cada um de nós.
No fundo, o amor é uma história que cada um constrói com a ajuda do seu companheiro, pode ser desde um conto de fadas a uma história de terror. Vai mudando ao longo do tempo e às vezes até podemos adivinhar o futuro da relação que se está a construir, mas nunca podemos ter a certeza dele. É aqui que está o mistério do amor.
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
sábado, 12 de dezembro de 2009
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Out here, on my own
Sometimes I wonder
Where I've been
Who I am, do I fit in?
Make-believing is hard alone
Out here, on my own
We're always proving
Who we are
Always reaching
For that rising star
To guide me far
And shine me home
Out here on my own
When I'm down and feeling blue
I close my eyes so I can be with you
Oh, baby, be strong for me
Baby, belong to me
Help me through
Help me need you
Until the morning sun appears
Making light of all my fears
I dry the tears I've never shown
out here on my own
But when I'm down and feeling blue
I close my eyes so I can be with you
Oh, baby, be strong for me
Baby, belong to me
Help me through
Help me need you
Sometimes I wonder
Where I've been
Who I am, do I fit in?
I may not win
But I can't be thrown
Out here on my own
On my own
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Sair de mim...
Às vezes queria sair de mim.
Esquecer-me desta que me prende, me domina, me controla.
Perder o molde.
Desprender-me de todos os artifícios que me ensombram o dia.
Libertar a minha mente, anular-lhe as barreiras e deixá-la ir…
Caminhar sem amarras e fantasmas castradores.
Empurrar mágoas.
Abraçar pecados.
Abandonar-me.
Deixar-me.
Permitir-me.
Desfazer-me de naturezas carregadas, vencidas, derrotadas, acostumadas.
Acolher um outro lado de mim e afagá-lo, nutri-lo...
Suscitar a lembrança de que o coração existe, ceder-lhe às exigências, realizar sem consciência
Despedir-me de mim – adeus obsticidade! - e a mim dar as boas vindas.
Despedir-me de mim – adeus obsticidade! - e a mim dar as boas vindas.
Pudera ser ceifeira num poema de Fernado Pessoa!
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Live Aid
Por esta altura costumo partilhar com um número significativo de pessoas, os documentários que fazem parte do conjunto de DVDs dos mega-concertos concebidos, organizados e levados a cabo por Sir Bob Geldof, LIVE AID e LIVE 8.
É óbvio que os DVDs mostram sobre tudo, grandes interpretações musicais (principalmente os de 85 :), mas pelo meio existem imagens documentais da tragédia da fome em África, principalmente na Etiópia.
E partilho porque me parece que por mais impressionáveis que as imagens sejam, faz falta a muita gente olhar para elas com olhos de ver e reflectir.
É por isso que o faço.
Não sendo exactamente o documentário como o conheço, o vídeo que aqui coloco e que dá pelo nome "Make poverty history" é suficiente para entenderem o que digo.
E pergunto, "Do they know it´s Christmas?"
É óbvio que os DVDs mostram sobre tudo, grandes interpretações musicais (principalmente os de 85 :), mas pelo meio existem imagens documentais da tragédia da fome em África, principalmente na Etiópia.
E partilho porque me parece que por mais impressionáveis que as imagens sejam, faz falta a muita gente olhar para elas com olhos de ver e reflectir.
É por isso que o faço.
Não sendo exactamente o documentário como o conheço, o vídeo que aqui coloco e que dá pelo nome "Make poverty history" é suficiente para entenderem o que digo.
E pergunto, "Do they know it´s Christmas?"
domingo, 6 de dezembro de 2009
Mais do que palavras... XI
Ser real quer dizer não estar dentro de mim
Para que é que o mundo exterior me foi dado como tipo da realidade
Se é mais certo eu sentir
Do que existir a cousa que sinto —
Para que sinto
E para que surge essa cousa independentemente de mim
Sem precisar de mim para existir,
E eu sempre ligado a mim-próprio, sempre pessoal e intransmissível?
Para que me movo com os outros
Em um mundo em que nos entendemos e onde coincidimos
Se por acaso esse mundo é o erro e eu é que estou certo?
Se o Mundo é um erro, é um erro de toda a gente.
E cada um de nós é o erro de cada um de nós apenas.
Cousa por cousa, o Mundo é mais certo.
Mas por que me interrogo, senão porque estou doente?
Nos dias certos; nos dias exteriores da minha vida,
Nos meus dias de perfeita lucidez natural,
Sinto sem sentir que sinto,
Vejo sem saber que vejo,
E nunca o Universo é tão real como então,
Nunca o Universo está (não é perto ou longe de mim.
Mas) tão sublimemente não-meu.
Alberto Caeiro
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
"It's Christmas time...
... there's no need to be afraid
At christmas time, we let in light and we banish shade"
At christmas time, we let in light and we banish shade"
O dia começou cedo aqui no meu cantinho. Grande excitação matinal pois por aqui começaram as decorações de natal. Encontradas as caixas onde ficaram guardados os enfeites desde o ano anterior, deu-se início à sua distribuição pela casa e às alterações da disposição dos móveis e objectos para que árvore e presépio tomem um lugar de destaque na casa. Tudo isto muito bem acompanhado de uma musiquinha de fundo, própria da estação (Live Aid concert, 85), como convém, para melhor ajudar a criar o clima e a fornecer a inspiração necessária para todo o processo. Faz sempre falta.
Bom feriado!
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Consigo...
... ouvir o sino que bate na torre de uma igreja não muito distante daqui.
Tenho-lhe feito companhia e ouvido atentamente tudo o que conta sobre o tempo.
Conta-me histórias de embalar, por vezes. Outras, conta-me histórias de almas em desassossego e de corações apertados.
Não é grande contador de histórias, mas sobre o tempo, sabe tudo.
Já lhe ouvi dizer que enquanto houver tempo, haverá o que contar.
Conta que as histórias estão no tempo e sem tempo, não há histórias. É preciso tempo para que existam. É preciso tempo para as ouvir.
Sabe que não as quero ouvir.
Sabe que não quero ter tempo.
Vai troçando e continua a contá-las.
Oiço-as, não consigo evitá-lo.
Vão-se sucedendo na esperança vã que o tempo pare e elas com ele.
O tempo não me deixa e sinto-me cansada de tanto lhe tentar fugir.
Consigo ouvir o sino que bate na torre de uma igreja não muito distante daqui.
Tem-me feito companhia e ouvido atentamente tudo o que lhe conto e que nada tem a ver com o tempo.
Tenho-lhe feito companhia e ouvido atentamente tudo o que conta sobre o tempo.
Conta-me histórias de embalar, por vezes. Outras, conta-me histórias de almas em desassossego e de corações apertados.
Não é grande contador de histórias, mas sobre o tempo, sabe tudo.
Já lhe ouvi dizer que enquanto houver tempo, haverá o que contar.
Conta que as histórias estão no tempo e sem tempo, não há histórias. É preciso tempo para que existam. É preciso tempo para as ouvir.
Sabe que não as quero ouvir.
Sabe que não quero ter tempo.
Vai troçando e continua a contá-las.
Oiço-as, não consigo evitá-lo.
Vão-se sucedendo na esperança vã que o tempo pare e elas com ele.
O tempo não me deixa e sinto-me cansada de tanto lhe tentar fugir.
Consigo ouvir o sino que bate na torre de uma igreja não muito distante daqui.
Tem-me feito companhia e ouvido atentamente tudo o que lhe conto e que nada tem a ver com o tempo.
domingo, 29 de novembro de 2009
sábado, 28 de novembro de 2009
Abençoados dias de descanso!
Começaram hoje. Nada como acordar um pouco (no meu caso, muito pouco mesmo) mais tarde, preparar um pequeno almoço diferente, sem pressas, e saboreá-lo numa cama a ver desenhos animados do Tom e Jerry. Seguidamente, "galhofa" da boa (galhofa implica cócegas até chorar a rir e saltos em cima da cama). Mais uns minutos deitadinhos para descansar do exercício físico e ficamos prontos para enfrentar um dia em que (quase) nada é obrigatório fazer. Sem horários marcados em parte alguma e sem um destino pré-definido, saímos de casa e aí vamos nós. Deliciosa, esta sensação! O bom disto tudo, é que este é apenas o primeiro dia. Eu era capaz de me habituar a isto com grande facilidade, digo-vos eu!
Bom fim de semana!
Bom fim de semana!
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
"Um amigo traz outro amigo"
Um grupo de amigos de Faro, a que se juntou a associação Faro 1540, pretende levar a efeito no próximo dia 12 de Dezembro (Sábado), uma colheita de sangue de forma a contribuir para reposição dos seus stocks nos Hospitais e permitir que através deste acto se possam salvar vidas humanas.
Recorde-se que o sangue existente nos serviços de sangue dos hospitais, depende diariamente de todos os que decidem dar sangue de forma benévola e assim sendo resolvemos organizar-nos e partilhar um pouco da nossa saúde com quem a perdeu. Sendo este um projecto criado no seio da amizade, o lema passa por "um amigo traz outro amigo".
A campanha decorrerá na cidade de Faro em local ainda a combinar no próximo dia 12 de Dezembro e, consistirá nas seguintes valências: inscrição, triagem, colheita de Sangue (onde estarão colocadas as macas) e ainda um espaço reservado à pequena refeição oferecida ao dador no final da Colheita.
Neste momento está a ser realizada uma pré-inscrição, que durará até ao dia 30 de Novembro (2ª feira) e, para tal, deverão indicar nome, idade, telefone e e.mail para sandraalvares@gmail.com ou lunnah77@gmail.com ou para os telemóveis 918513919 / 969797243.
Recorde-se que o sangue existente nos serviços de sangue dos hospitais, depende diariamente de todos os que decidem dar sangue de forma benévola e assim sendo resolvemos organizar-nos e partilhar um pouco da nossa saúde com quem a perdeu. Sendo este um projecto criado no seio da amizade, o lema passa por "um amigo traz outro amigo".
A campanha decorrerá na cidade de Faro em local ainda a combinar no próximo dia 12 de Dezembro e, consistirá nas seguintes valências: inscrição, triagem, colheita de Sangue (onde estarão colocadas as macas) e ainda um espaço reservado à pequena refeição oferecida ao dador no final da Colheita.
Neste momento está a ser realizada uma pré-inscrição, que durará até ao dia 30 de Novembro (2ª feira) e, para tal, deverão indicar nome, idade, telefone e e.mail para sandraalvares@gmail.com ou lunnah77@gmail.com ou para os telemóveis 918513919 / 969797243.
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Frase do mês
E não é que o mês já está na sua recta final e eu quase me esquecia da frase da minha pequena agenda? Lá acabei por me lembrar e lembrei-me, também, que depois desta só faltará mais uma para que 2009 termine, e, com ele, as frases do mês. Talvez não. Talvez a nova agenda traga mais. Incrível como já se fala em "fim de 2009", "nova agenda"... O tempo é mesmo implacável! Melhor nem pensar nisso e pensar, isso sim, na sabedoria que encerra a frase que se segue.
"Quando não se sabe para onde se vai, nunca se vai muito longe."
"Quando não se sabe para onde se vai, nunca se vai muito longe."
Goethe
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Caixinha de musica
gosto de coisas simples. não é preciso muito para transformar um dos meus dias cinzentos em algo positivo. uma imagem que me transporte, um aroma que me remeta para um lugar feliz, um gesto de bondade de um estranho, um sorriso contagiante, um olhar sincero, uma melodia que já não ouvia há muito tempo... hoje apareceu no Quinto Andar uma caixinha de musica. não daquelas que se abrem e salta lá de dentro uma bailarina de ballet a rodopiar por ali fora. uma caixinha de musica muito singela, toda ela. muito mais artesanal e... simples. de madeira. uma flor amarela com uma abelhinha em cima dela. tinha que se dar corda para a melodia aparecer. a melodia apareceu.
hoje apareceu no Quinto Andar uma caixinha de musica. e o meu dia cinzento melhorou...
hoje apareceu no Quinto Andar uma caixinha de musica. e o meu dia cinzento melhorou...
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
domingo, 22 de novembro de 2009
sábado, 21 de novembro de 2009
Went to the movies...
Eis que nos encontramos no shopping e o reizinho cá de casa insiste em ir ao cinema. Como tal actividade é uma prática frequente, os filmes de desenhos animados disponíveis já por nós tinham sido vistos. A insistência continuou (principalmente pelas pipocas no escuro, desconfio) e lá tivemos (o funcionário do cinema e eu), que escolher um filme que, não sendo de desenhos animados, o baby também pudesse assistir. A opção foi "Step up", um filme com muita musica e dança à mistura, que se revelou ser uma especie de Fame-meets-Black Eyed Peas-meets-Eminem. Não saí de lá arrependida, contudo. Fiquei a par daquilo que o "meu publico" habitual tanto tem falado. Não é à toa que a sala estava cheia de adolescentes. Uma coisa vos digo, saudadinhas da Fame dos 80s, muitas! Acho que estou mesmo a ficar "cota"... Deixo-vos com a parte final do filme pois, dentro do todo, foi a mais "brutal" (o adjectivo está entre aspas porque foi criação "roubada" a terceiros). Enjoy!
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Dia de comoção
Aqui pelas redondezas do Quinto Andar, à Sexta-feira à noite, é um movimento, uma agitação, uma correria que parece que saiu a sorte grande a toda a gente e que não sossegam enquanto o mundo inteiro não souber.
Ele é a esplanada do fundo da rua cheia de "people" à espera uns dos outros para o jantarinho da praxe; ele é os miudos a tocarem à porta uns dos outros porque têm jantar de turma e as mães não permitem que vão sózinhos; por sua vez, ele é os pais a aproveitarem e a receberem também aquele casal amigo lá em casa para umas caipirinhas, enfim. Até já ouvi os passos da bonitona da minha vizinha nas escadas (cheirosa que ela ia!), porque o mais-que-tudo a esperava à entrada do prédio.
Eu mereço!
Bom fim de semana a todos!
Ele é a esplanada do fundo da rua cheia de "people" à espera uns dos outros para o jantarinho da praxe; ele é os miudos a tocarem à porta uns dos outros porque têm jantar de turma e as mães não permitem que vão sózinhos; por sua vez, ele é os pais a aproveitarem e a receberem também aquele casal amigo lá em casa para umas caipirinhas, enfim. Até já ouvi os passos da bonitona da minha vizinha nas escadas (cheirosa que ela ia!), porque o mais-que-tudo a esperava à entrada do prédio.
Eu mereço!
Bom fim de semana a todos!
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
À sua passagem....
... a noite é vermelha,
E a vida que temos parece
Exausta, inútil, alheia.
Ninguém sabe onde vai nem donde vem,
Mas o eco dos seus passos
Enche o ar de caminhos e de espaços
E acorda as ruas mortas.
Então o mistério das coisas estremece
E o desconhecido cresce
Como uma flor vermelha.
Sophia de Mello Breyner Andresen
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
O trabalho que eles dão!
Conversa com alunos à entrada da sala de aula:
Eles - Boa tarde, professora. Podemos entrar?
Professora - Olá. Vocês já viram as horas? Onde é que andaram até agora?
Eles - ....
Professora - Vocês viram-me entrar... mas resolveram ir passear, não foi?
Eles (com muita convicção) - Passear, não! Trabalhar!
Professora - Bem, se foram trabalhar... Estiveram a judar a D. Francisca a levar as coisas para a cantina, foi?
Eles - Não. Mas tivemos que ir atrás das "moças"!
Professora - Não estou a perceber...
Eles - Se a professora soubesse o trabalho que dão!
Professora - ...
Eles - Boa tarde, professora. Podemos entrar?
Professora - Olá. Vocês já viram as horas? Onde é que andaram até agora?
Eles - ....
Professora - Vocês viram-me entrar... mas resolveram ir passear, não foi?
Eles (com muita convicção) - Passear, não! Trabalhar!
Professora - Bem, se foram trabalhar... Estiveram a judar a D. Francisca a levar as coisas para a cantina, foi?
Eles - Não. Mas tivemos que ir atrás das "moças"!
Professora - Não estou a perceber...
Eles - Se a professora soubesse o trabalho que dão!
Professora - ...
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Aproxima-se o final do dia
e é hora do recolher. As rotinas todas cumpridas religiosamente e há que continuar a cumpri-las, o dia ainda não terminou. Há momentos em que desejava não as cumprir tão cegamente. Há momentos em que questiono a eficácia das minhas rotinas. Mas talvez não seja a única a agarrar-me a elas, talvez haja mais a agarrá-las com afinco. As rotinas são-nos familiares. As coisas familiares tranquilizam-nos. Tranquilizam-me. Poderia arranjar uma forma de todos os dias fazer algo diferente, talvez. Algo diferente todos os dias acabaria por ser algo rotineiro também, já me disseram. E o esforço que isso implica seria, talvez, ainda mais desgastante. Poderia, seria... Tantos condicionais... Tantas condicionantes...
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
(tell me why)
I don't like Mondays é o nome de uma musica do senhor Bob Geldof e dos seus Boomtown Rats (para quem não se lembra, ou não conhece, façam o favor de ver e ouvir aqui) e cá está uma pergunta que eu nunca faria porque sei perfeitamente porque é que "I don't like Mondays"!
De referir, ainda, que quanto a "I wanna shoo-oo-oo-oo-oo-oot the whole day down" também não tenho dúvidas!
De referir, ainda, que quanto a "I wanna shoo-oo-oo-oo-oo-oot the whole day down" também não tenho dúvidas!
domingo, 15 de novembro de 2009
That's all I have today, It's all I have to say...
Thinking of the fear I've had so long
When somebody hears
Listen to the fear that's gone
Strangled by the wishes of pater
Hoping for the arms of mater
Get to me the sooner or later
Holding back the years
Chance for me to escape from all I've known
Holding back the tears
Cause nothing here has grown
I've wasted all my tears
Wasted all those years
And nothing had the chance to be good
Nothing ever could yeah
I'll keep holding on
I'll keep holding on
I'll keep holding on
I'll keep holding on
So tight
I've wasted all my tears
Wasted all of those years
And nothing had the chance to be good
Cause nothing ever could oh yeah
I'll keep holding on
I'll keep holding on
I'll keep holding on
I'll keep holding on
Holding, holding, holding
That's all I have today
It's all I have to say
Simply Red
sábado, 14 de novembro de 2009
Mais do que palavras... X
Horas Luminosas
Deslizam as hora más,
devagar... tão devagar!
São as horas torturantes
que não sabem caminhar!
Tic, tac, tic, tac...
Devagar... tão lentamente
-----------------------------
Surgem horas divinais
em fuga vertiginosa...
E o ponteiro roda, voa,
como em sonho cor de rosa!
- Que horas são?
- Horas benditas!
Horas de sonho, radiosas!
São meteoros, quimeras
São as Horas Luminosas!
Luthegarda de Caires
(Breve Antologia da Poesia Feminina Algarvia)
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Há coisas deliciosas
Hoje, logo pela manhã, na Rádio Comercial, ouvi esta interpretação fabulosa dos funcionários públicos de Portimão ao som da simbólica melodia de "USA for Africa" (lembram-se?). Se há coisas que têm piada, esta é uma delas!
Não deixem de ver o vídeo que se segue e prestem atenção à letra e ao esforço interpretativo.
É fabuloso!
Não deixem de ver o vídeo que se segue e prestem atenção à letra e ao esforço interpretativo.
É fabuloso!
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Estão a ver
aqueles dias em que parece que nos sentimos extra-terrestres a viver num mundo que não entendemos porque a humanidade nos decepciona e nos queixamos por ninguém ter tempo para ninguém, e por andar tudo às apitadelas na estrada, e por tudo andar na rua com cara de quem está cheio de azia o tempo todo, e outros afins? Estão a ver?
Hoje não tive um dia desses!
Pelo contrário!
Hoje não tive um dia desses!
Pelo contrário!
domingo, 8 de novembro de 2009
A rir até agora
Chegou até mim um "livrinho" que quase dispensa palavras, mas que eu não podia deixar passar sem que os visitantes do Quinto Andar o "folheassem". Abram o link e vão clicando. É um "must" de tão Tuga...
Divirtam-se!
Divirtam-se!
sábado, 7 de novembro de 2009
MJ's - THIS IS IT!
Já tinha lido muita coisa sobre este filme/documentário, mas ainda não tinha tido oportunidade de ver com os meus próprios olhos para depois poder apreciar. Finalmente, vi. Ví e fiquei contente com o que vi. Saí da sala de cinema com vontade de dançar e tudo!
Do que tinha lido sobre o "This is it" na blogosfera, houve um post que me ficou e com o qual eu não poderia estar mais de acordo. O mesmo dizia que quem viu o filme saiu com a convicção de que Michael Jackson estava pronto para enfrentar o público e dar concertos memoráveis.
Não poderia estar mais de acordo. A produção do evento era gigantesca e os detalhes, então. Desde os fantásticos cenários aos incansáveis e disciplinadíssimos bailarinos, sai-se da sala a pensar, também, e com algum lamento, como tanto empenho, trabalho horas a fio, investimento físico, psicológico e monetário, claro, deu no que se sabe...
Do que tinha lido sobre o "This is it" na blogosfera, houve um post que me ficou e com o qual eu não poderia estar mais de acordo. O mesmo dizia que quem viu o filme saiu com a convicção de que Michael Jackson estava pronto para enfrentar o público e dar concertos memoráveis.
Não poderia estar mais de acordo. A produção do evento era gigantesca e os detalhes, então. Desde os fantásticos cenários aos incansáveis e disciplinadíssimos bailarinos, sai-se da sala a pensar, também, e com algum lamento, como tanto empenho, trabalho horas a fio, investimento físico, psicológico e monetário, claro, deu no que se sabe...
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Hoje é diferente
Tudo é sempre diferente.
Ontem foi diferente de hoje.
Amanhã, voltará a ser diferente. Há quem se dê conta disso e quem tenha mais que fazer do que perder tempo com trivialidades.
Aqui no Quinto perde-se esse tempo para se sentir que é diferente. Porque o longínquo ontem ficou com o tempo em que todas as letras de musicas eram escritas para mim, e todos os poemas era de mim que falavam.
Lá ficou, também, com a vontade de apressar tarefas porque mais havia para além disso.
A energia para rir e sorrir que nem uma perdida, cadê? Lá ficou, também.
Há hoje outra, tem que haver.
Há outras letras.
Outros poemas.
São diferentes.
Hoje, é diferente.
terça-feira, 3 de novembro de 2009
...memórias
de vidas que se esboçaram no tempo, delírios de instantes que se perderam entre os dedos...
sábado, 31 de outubro de 2009
Happy Halloween (ano 2)
Achei que este ano vinha a propósito desejar-vos um feliz dia das bruxas com este(s) vídeos...
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Houve auditoria
A ansiedade. Os nervos. As unhas roídas. As cólicas. As horas extraordinárias. A escassez de sono. As olheiras. A falta de apetite. O riso histérico de quem já está por tudo. Os papeis (sim, os papeis são essenciais, sem papeis, nada feito). Os computadores. A luz dos computadores nos olhos. O zumbido dos computadores nos ouvidos. A manhã. O dia.
A auditoria. O tom de voz. O desdém pelo árduo trabalho alheio. O pouco caso. A atitude. Os modos. A prepotência. A animosidade.
Houve auditoria.
Acabou a auditoria. O sentir-se mais pequenino que uma formiga. A sensação do esforço em vão. As lágrimas de alívio e de... frustração. O baixar a cabeça. O levar na cabeça das chefias. O perguntar-se: "Para quê tanto esforço?"
E tudo porque se desempenham funções de seis quando se é apenas um, e mesmo assim...
A auditoria. O tom de voz. O desdém pelo árduo trabalho alheio. O pouco caso. A atitude. Os modos. A prepotência. A animosidade.
Houve auditoria.
Acabou a auditoria. O sentir-se mais pequenino que uma formiga. A sensação do esforço em vão. As lágrimas de alívio e de... frustração. O baixar a cabeça. O levar na cabeça das chefias. O perguntar-se: "Para quê tanto esforço?"
E tudo porque se desempenham funções de seis quando se é apenas um, e mesmo assim...
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
There's something wrong with the world, today
Não me parece normal que na France Telecom, na GNR e outras entidades e empresas por este mundo fora, as pessoas se andem a matar!
Não me parece normal, também, que as pessoas o comentem aqui e ali com o mesmo desprendimento de quem fala da roupa mal lavada da vizinha mas que está estendida no quintal, tipo "Olha, ontem lá foi mais um...".
Tem-me feito alguma confusão estes infelizes fenómenos que parecem não ter fim, e todos aceitarem isto como factos e ninguém se indignar!
O mundo está em crise. Já sabemos. As empresas fecham. Já sabemos. Os funcionários são dispensados a torto e a direito, já sabemos. Mas alguém sabe como fazer para que isto acabe? Alguém quer saber? Alguém está, de facto, a fazer alguma coisa para que isto pare?
Para alguns essa realidade está tão longe que vão vivendo a vidinha e comentando as tragédias como se de filmes de ficção se tratassem. Mas há quem pense sobre isto seriamente e muito, mas muito perto de cada um de nós. E nós? Não damos por nada, até um dia..
Não me parece normal, também, que as pessoas o comentem aqui e ali com o mesmo desprendimento de quem fala da roupa mal lavada da vizinha mas que está estendida no quintal, tipo "Olha, ontem lá foi mais um...".
Tem-me feito alguma confusão estes infelizes fenómenos que parecem não ter fim, e todos aceitarem isto como factos e ninguém se indignar!
O mundo está em crise. Já sabemos. As empresas fecham. Já sabemos. Os funcionários são dispensados a torto e a direito, já sabemos. Mas alguém sabe como fazer para que isto acabe? Alguém quer saber? Alguém está, de facto, a fazer alguma coisa para que isto pare?
Para alguns essa realidade está tão longe que vão vivendo a vidinha e comentando as tragédias como se de filmes de ficção se tratassem. Mas há quem pense sobre isto seriamente e muito, mas muito perto de cada um de nós. E nós? Não damos por nada, até um dia..
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Como uma palavra faz toda a diferença
Trocava umas impressões com uma colega sobre a nova versão do filme "FAME".
Cada uma fez a sua apreciação (ela viu por estes dias) e entre novidades e recordações, sonoridades e interpretações, veio-me à lembrança, com uma nitidez incrível, uma das falas do filme: "Talk to me, not at me...".
Pensei para comigo como as palavras têm poder e como a alteração de uma tão pequenina faz toda a diferença numa frase e no coração de quem a ouve...
Cada uma fez a sua apreciação (ela viu por estes dias) e entre novidades e recordações, sonoridades e interpretações, veio-me à lembrança, com uma nitidez incrível, uma das falas do filme: "Talk to me, not at me...".
Pensei para comigo como as palavras têm poder e como a alteração de uma tão pequenina faz toda a diferença numa frase e no coração de quem a ouve...
Conversa com a menina das unhas no shopping
Eu - Olá. Hoje está sozinha.
Ela - Olá. Sim. Tenho estado.
Eu - A sua colega que estava grávida já teve o bebé?
Ela - Ainda não. Mas está de baixa. Não volta tão cedo.
Eu - Então ainda não têm substituta?
Ela - Não. Nem vamos ter..
Eu - A sério?! Então como vão fazer?
Ela - Como temos feito. Isto abre às 10 da manhã e fecha às 11 da noite e temos que assegurar entre as duas que cá estamos. A minha colega foi comer qualquer coisa a correr. Já está uma pessoa à espera. Vê como é?
Eu - Vejo, vejo... É que ainda são muitas horas, realmente... Pelo menos pagam-vos as horas a mais, não?
Ela - Isso agora... Não falta quem queira trabalhar, minha senhora...
Eu - Você tem filhos?
Ela - Coitados dos meus filhos...
Calei-me. Não perguntei absolutamente mais nada. Fiquei deprimida o resto da tarde.
Ela - Olá. Sim. Tenho estado.
Eu - A sua colega que estava grávida já teve o bebé?
Ela - Ainda não. Mas está de baixa. Não volta tão cedo.
Eu - Então ainda não têm substituta?
Ela - Não. Nem vamos ter..
Eu - A sério?! Então como vão fazer?
Ela - Como temos feito. Isto abre às 10 da manhã e fecha às 11 da noite e temos que assegurar entre as duas que cá estamos. A minha colega foi comer qualquer coisa a correr. Já está uma pessoa à espera. Vê como é?
Eu - Vejo, vejo... É que ainda são muitas horas, realmente... Pelo menos pagam-vos as horas a mais, não?
Ela - Isso agora... Não falta quem queira trabalhar, minha senhora...
Eu - Você tem filhos?
Ela - Coitados dos meus filhos...
Calei-me. Não perguntei absolutamente mais nada. Fiquei deprimida o resto da tarde.
domingo, 25 de outubro de 2009
Candy, candy
Quando era miúda não perdia um episódio destes desenhos animados. Eram do mais empolgante que havia! As venturas e desventuras da pequena Candy (que nos últimos episódios da serie transmitidos pela RTP era já uma rapariga namoradeira), fazia com que seguisse quase religiosamente tal momento televisivo. Era sem igual, naquele momento.
Ah! O que me lembro da história de amor com o António e da timidez e impossibilidade (devida já não me lembro a quê) daquele partilhar romântico! Que agonia! E ali estava eu, dia após dia, ao final da tarde, depois das obrigações escolares e do lanchinho da mamâ (sempre preparado quando chegava da escola) prontinho a ser devorado! Às vezes até havia surpresas e tudo. Ai, aquele bolinho quentinho a sair do forno!
Dá-me pena que se percam coisas na vida que nunca mais voltam. Bem sei que não há volta a dar-lhe, mas tudo o que é definitivo me causa um sentimento de impotência e no me gusta...
Curioso que muitos desenhos animados dos anos 80 da RTP foram emitidos novamente, e nunca me constou que houvesse uma reposição da Candy. Pergunto-me porquê.
Ah! O que me lembro da história de amor com o António e da timidez e impossibilidade (devida já não me lembro a quê) daquele partilhar romântico! Que agonia! E ali estava eu, dia após dia, ao final da tarde, depois das obrigações escolares e do lanchinho da mamâ (sempre preparado quando chegava da escola) prontinho a ser devorado! Às vezes até havia surpresas e tudo. Ai, aquele bolinho quentinho a sair do forno!
Dá-me pena que se percam coisas na vida que nunca mais voltam. Bem sei que não há volta a dar-lhe, mas tudo o que é definitivo me causa um sentimento de impotência e no me gusta...
Curioso que muitos desenhos animados dos anos 80 da RTP foram emitidos novamente, e nunca me constou que houvesse uma reposição da Candy. Pergunto-me porquê.
sábado, 24 de outubro de 2009
Quando é que a "rentreé" me dá descanso?
Pergunto eu! Já estamos no final de Outubro, as férias já vão longe e até já chegou o Outono. Nevertheless, é uma sucessão de coisas para fazer (à partida será para se fazerem apenas no início do ano lectivo) que nunca mais acabam. Planificações, acolhimentos, apresentações oficiais, definição de horários, reuniões, ...
Desde que o trabalho começou que a minha lista de "things to do" nunca mais acaba. É que acabo de riscar uma e já estão na ponta da caneta mais uma duzia delas. Parecem uma praga de insectos! Nunca mais se esgotam.
Segue-se, portanto, um cansaço tremendo, do qual nunca me desfaço, pois ao fim de semana ou nos poucos momentos livres tenho que aproveitar para lidar com coisas comuns a todos os mortais e muito há para fazer.
Meaning, eu que tanto gosto de vocês (e de mim aqui), vejo-me forçada a algum afastamento.
Cá arranjei um bocadito e vim logo a correr. Espero ir conseguindo uns "furitos" para fazer o jeito aos dedos...
Desde que o trabalho começou que a minha lista de "things to do" nunca mais acaba. É que acabo de riscar uma e já estão na ponta da caneta mais uma duzia delas. Parecem uma praga de insectos! Nunca mais se esgotam.
Segue-se, portanto, um cansaço tremendo, do qual nunca me desfaço, pois ao fim de semana ou nos poucos momentos livres tenho que aproveitar para lidar com coisas comuns a todos os mortais e muito há para fazer.
Meaning, eu que tanto gosto de vocês (e de mim aqui), vejo-me forçada a algum afastamento.
Cá arranjei um bocadito e vim logo a correr. Espero ir conseguindo uns "furitos" para fazer o jeito aos dedos...
sábado, 17 de outubro de 2009
It most certainly is..
Viver é um processo engraçado! Enquanto crescemos são-nos impostas umas regras que não entendemos, contra as quais protestamos porque não entendemos, mas que acabamos por cumprir.
Mais tarde, interiorizamos todas essas aprendizagens e aceitamo-las como mais um elemento importante ao papel do ser humano em sociedade. O papel social é importante. Damos por nós a impor essas mesmas regras aos nossos filhos ou simplesmente à geração mais nova.
O processo continua e, eventualmente, paramos, reflectimos e voltamos a questionar tais regras (agora já temos tempo e maturidade para as por em causa). Encontramo-nos já numa altura da vida em que nem tudo nos satisfaz (não foi assim que idealizámos), e arriscamos pensar que se as regras não tivessem sido cumpridas com todo o afinco, provavelmente a sensação que se sente no "agora" seria diferente. Para melhor, claro. Resolvemos ser audazes e colocamos esta nova teoria em prática. Que se lixem as regras! O importante é viver! E vivemos,então, sem (algumas) regras. A coisa dá para o torto. Há coisas que só se podem viver em determinadas idades ou acabamos por cair no ridículo. Voltamos atrás nas nossas convicções: os nossos pais estiveram sempre certos. O que ensinamos aos nossos filhos é o certo. Os errados somos nós. As gerações anteriores ensinaram-nos isto. Porque teimámos em questioná-lo? Numa nova etapa do processo bem dizemos as regras, a ausência delas tirou-nos o chão. Sem chão, afundamos.
Ain't life a bitch?
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Frase do mês
Quem nunca preferiu um gesto a uma palavra? Quem nunca teve a sensação de estar a ouvir palavras vazias? Quem nunca ouviu sons realizados numa boca de onde o silêncio teria dito muito mais? Quem nunca desejou elevar-se para um mundo onde os sons que certas almas reproduzem seriam mudos?
Quem?
"Para falar ao vento bastam quatro palavras, para falar ao coração são necessárias obras."
Quem?
"Para falar ao vento bastam quatro palavras, para falar ao coração são necessárias obras."
Padre António Vieira
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Momento relax...
Recebi um mail com uma lista interminável de "piropos" (ainda por cima devidamente agrupados) que foi do mais delicioso que já li. Enquanto os lia, um sorriso acompanhava e uma gargalhada explodia de quando em quando. Porque uns são delicados, outros não. Porque uns nos fazem sorrir, outros ficar com vontade de pegar numa pedra e partir a cabeça de quem o disse. Porque uns nos levantam o ego, outros o destroem. De todos os que li, apenas seleccionei alguns, é que aqui é o Quinto Andar e a linguagem...
Mereceram a minha atenção e achei que não devia privar-vos de tais pérolas.
Destaquei os das gargalhadas.
Capítulo 1 - A rima rica
. Ó flor dá para pôr?
. Ó doce, era onde fosse.
Capítulo 2 - O trocadilho
. Ó febra, junta-te aqui à brasa.
. Ó jóia, anda aqui ao ourives.
. Andas na tropa? É que marchavas que era uma maravilha.
. Tantas curvas e eu sem travões.
. A tua mãe só pode ser uma ostra para cuspir uma pérola como tu.
. Tanta carne boa e eu em jejum.
. A ti não te custava nada e a mim sabia-me tão bem.
Capítulo 3 - A metáfora
. Ainda dizem que as flores não andam!
. Que rica sardinha para o meu gatinho.
Capítulo 4 - Os ordinários
. Ó filha, fazia-te um pijaminha de cuspo.
. Ai de ti que eu saiba que andas a passar fome!
. Ó faneca, anda cá que o pai unta-te.
. Ainda dizem que a fruta verde não se come.
. O teu pai deve ser arquitecto, és cá uma obra!
. Ó boneca, era a estrear.
Capítulo 5 - A subtileza do povo
. Ia até ao fim do mundo por um dos teus sorrisos, e ainda mais
longe por outra coisa...
. Estou a lutar desesperadamente contra o impulso de fazer de ti a
mulher mais feliz do mundo.
. Sabes onde ficava bem a tua roupa? Toda amarrotada no chão do meu quarto.
. Só a mim é que não me calha uma destas na rifa.
Capítulo 6 - Os religiosos
. Diz-me lá como te chamas para te pedir ao Menino Jesus!
. Ó filha, queres ir ao céu? Sobe os andaimes que o resto do caminho
é por minha conta.
. Ó filha, se não acreditas que Deus é feito de carne e osso sobe os
andaimes e anda cá tocar-me.
. Abençoados pais que conceberam esta coisinha linda!
Capítulo 7 - Os espirituosos
. Se eu estivesse no teu lugar, tinha sexo comigo na boa.
. Ó menina, cuidado que prendeu-se-lhe a parte de baixo da saia no
manípulo da betoneira.
. Essa roupa fica-te muito bem, mas eu ficava-te melhor.
. Se cair, já sei onde me agarrar.
. Acreditas em amor à primeira vista ou tenho que passar por aqui outra vez?
. És um bilhete de primeira classe para o pecado.
. Queria ser um patinho de borracha para passar o dia na tua banheira.
. Deves estar tão cansada, passaste a noite às voltas na minha cabeça.
. Posso não ser bonito como o Brad Pitt, nem ter os músculos do
Schwarzenegger, mas posso ser uma Lassie.
Capítulo 8 - Quem desdenha…
. Não és nada de se deitar fora, já tive pior e a pagar.
. Podes não ser a rapariga mais gira, mas com a luz apagada também é bom.
. Ó filha, tens carinha de modelo mas o resto é um continente!
Capítulo 9 - Quando a canção falha...
. Ai não queres? Eu vi logo, gorda como estás é porque não suas muito.
. És mesmo esguia, pareces uma sereia: metade mulher, metade baleia.
. Também só queria saber o teu nome para saber em quem estou a pensar.
Mereceram a minha atenção e achei que não devia privar-vos de tais pérolas.
Destaquei os das gargalhadas.
Capítulo 1 - A rima rica
. Ó flor dá para pôr?
. Ó doce, era onde fosse.
Capítulo 2 - O trocadilho
. Ó febra, junta-te aqui à brasa.
. Ó jóia, anda aqui ao ourives.
. Andas na tropa? É que marchavas que era uma maravilha.
. Tantas curvas e eu sem travões.
. A tua mãe só pode ser uma ostra para cuspir uma pérola como tu.
. Tanta carne boa e eu em jejum.
. A ti não te custava nada e a mim sabia-me tão bem.
Capítulo 3 - A metáfora
. Ainda dizem que as flores não andam!
. Que rica sardinha para o meu gatinho.
Capítulo 4 - Os ordinários
. Ó filha, fazia-te um pijaminha de cuspo.
. Ai de ti que eu saiba que andas a passar fome!
. Ó faneca, anda cá que o pai unta-te.
. Ainda dizem que a fruta verde não se come.
. O teu pai deve ser arquitecto, és cá uma obra!
. Ó boneca, era a estrear.
Capítulo 5 - A subtileza do povo
. Ia até ao fim do mundo por um dos teus sorrisos, e ainda mais
longe por outra coisa...
. Estou a lutar desesperadamente contra o impulso de fazer de ti a
mulher mais feliz do mundo.
. Sabes onde ficava bem a tua roupa? Toda amarrotada no chão do meu quarto.
. Só a mim é que não me calha uma destas na rifa.
Capítulo 6 - Os religiosos
. Diz-me lá como te chamas para te pedir ao Menino Jesus!
. Ó filha, queres ir ao céu? Sobe os andaimes que o resto do caminho
é por minha conta.
. Ó filha, se não acreditas que Deus é feito de carne e osso sobe os
andaimes e anda cá tocar-me.
. Abençoados pais que conceberam esta coisinha linda!
Capítulo 7 - Os espirituosos
. Se eu estivesse no teu lugar, tinha sexo comigo na boa.
. Ó menina, cuidado que prendeu-se-lhe a parte de baixo da saia no
manípulo da betoneira.
. Essa roupa fica-te muito bem, mas eu ficava-te melhor.
. Se cair, já sei onde me agarrar.
. Acreditas em amor à primeira vista ou tenho que passar por aqui outra vez?
. És um bilhete de primeira classe para o pecado.
. Queria ser um patinho de borracha para passar o dia na tua banheira.
. Deves estar tão cansada, passaste a noite às voltas na minha cabeça.
. Posso não ser bonito como o Brad Pitt, nem ter os músculos do
Schwarzenegger, mas posso ser uma Lassie.
Capítulo 8 - Quem desdenha…
. Não és nada de se deitar fora, já tive pior e a pagar.
. Podes não ser a rapariga mais gira, mas com a luz apagada também é bom.
. Ó filha, tens carinha de modelo mas o resto é um continente!
Capítulo 9 - Quando a canção falha...
. Ai não queres? Eu vi logo, gorda como estás é porque não suas muito.
. És mesmo esguia, pareces uma sereia: metade mulher, metade baleia.
. Também só queria saber o teu nome para saber em quem estou a pensar.
domingo, 11 de outubro de 2009
Mais do que palavras... IX
Interrogando
Que sabes tu das minhas agonias
dos meus anseios de alma
da minha luta de todos os dias?
Que sabes tu dos meus sonhos de vida
da minha arquitectada melodia,
do amargor que entorno na subida?
Que sabes tu?
Que sabes tu dos lagos onde passo
de transparência liquida azulada,
os pés enrodilhados em sargaço?
Que sabes tu das noites enevoadas,
num desatino louco e labiríntico,
onde procuro saídas não achadas?
Que sabes tu?
Que sabes tu dos meus desejos
se não me compreendes,
nem entendes os meus beijos...
Maria Leonor de Mello Horta
(Breve Antologia da Poesia Feminina Algarvia)
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