domingo, 29 de maio de 2011

"Queres saber quem eu sou?"

"Eu sou o que mergulha as mãos na tua vida para sentir a minha a voltar."


Pedro Paixão, Muito, Meu Amor

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Naquele mundo que é só meu

hoje apetece-me fugir para aquele mundo que é só meu. fugir e esconder-me lá. e ficar lá todo o tempo que me apetecer. e ficar lá sem pressa de sair. e, de lá de dentro, olhar para o mundo cá fora e acreditar que nada do que cá está me pode tocar. me consegue alcançar. magoar. naquele mundo que é só meu, estarei só eu. serei eu sem desejar ser outro eu. naquele mundo que é só meu, talvez nada de mim sinta ser teu. e então, eu possa ser eu.



*"and when I'm asleep, I want somebody who will put their arms around me and kiss me,
                                                                                                                                                                                                 tenderly"

segunda-feira, 23 de maio de 2011

E como eu gosto...

...quando consigo ir buscá-lo à escola e os dois somos um mesmo sorriso e lhe roubo um beijinho dos lábios e enquanto damos um xi-♥ e lhe pergunto como foi o seu dia ele me responde que foi bem...

sábado, 21 de maio de 2011

O Pai Natal existe

Tenho uma amiga que é a pessoa mais optimista que já conheci! Orgulho-me de lhe chamar amiga muito por essa razão, também. No que ao optimismo diz respeito, tenho (já tive mais), uma opinião muito diferente da dela. Mas com o tempo, fui aprendendo sobre as vantagens de sermos optimistas e a cumplicidade dela tornou-se uma espécie de bênção na minha vida.
Talvez nada aconteça por acaso, mesmo. Talvez a minha amiga tenha surgido na minha vida no momento certo. O facto é que a ela devo, por me ter contagiado com o seu inabalável optimismo, alguns dos momentos mais bonitos que já vivi. Precisamente porque me fez ver que apostar com um sorriso é meio caminho andado para atingirmos os nossos objectivos e obtermos as nossas conquistas.
Resumindo, sem ela no meu mundo, não sei se algum dia teria acreditado na existência do Pai Natal.
E, meus amigos, garanto-vos, o Pai Natal existe! Pode não trazer todas as prendinhas que pedimos, mas em alguma acerta sempre! ;)

sexta-feira, 20 de maio de 2011

"às vezes eu entendo que é apenas um momento e o melhor há-de vir"

Às vezes é tarde demais para seguir em frente
Às vezes é cedo demais para voltar atrás
E o tempo também é inverso à nossa vontade
E às tantas o que nos atrai já não é verdade


O que é fácil não está no lugar marcado
E é tão fácil seguir o caminho errado…


Às vezes eu não salto com medo de voar
Às vezes eu não sonho com medo de acordar, 

Às vezes eu não canto com medo de me ouvir, 
Às vezes eu entendo que é apenas um momento…e o melhor há-de vir.

Às vezes eu não salto com medo de voar, 

Às vezes eu não sonho com medo de acordar
Às vezes eu não canto com medo de me ouvir, 

Às vezes eu entendo que é apenas um momento e o melhor há-de vir.

domingo, 8 de maio de 2011

"eu amote aida mais"

Hoje é para mim um dia histórico. Recebi a primeira mensagem de telemóvel do meu filho de seis aninhos. E que mensagem! E que grande estreia que foi!
Na realidade, foi com essa mensagem que acordei e foi dos acordares mais bonitos que já tive. Pegar no telemóvel, abrir a mensagem e ler "gosto de ti, mamã".
E foi entre uma lágrimazita de felicidade e um sorriso que nunca mais acaba que lhe respondi "amo-te tanto, meu filho". É claro que com a emoção desta recente descoberta, ele respondeu imediatamente, desta vez com, e exactamente assim, "eu amote aida mais".
E pronto! Andámos nisto a manhã inteira. E lá fui eu aos meus afazeres sempre de telemóvel na mão e com um sorriso parvo na cara, (o tal que às vezes não conseguimos deixar de fazer porque o coração não pára de sorrir). Tudo porque agora troco mensagens de telemóvel com o meu filho.
E bastou isto para que eu voltasse a acreditar que não há nada como viver um dia de cada vez, pois nunca se sabe com o que vamos acordar na manhã seguinte.

PS - Acho que vou tirar fotografias ao telemóvel com as mensagens todas e guardá-las para todo o sempre!

sábado, 7 de maio de 2011

Hoje, ao olhar para o meu dia

Mais um dia passou e hoje, não sei porquê, apetece-me fazer o exercício de olhar para trás e revivê-lo na minha memória, como quando era miúda e escrevia no meu diário antes de adormecer. Durante anos cumpri este ritual diário religiosamente. Recordo que havia dias em que estava já tão ensonada que despachava a coisa listando apenas as tarefas rotineiras e as horas em que as mesmas tiveram lugar. Aliás, estas descrições rotineiras enchiam com alguma frequência as páginas do meu diário. Não porque estivesse demasiado ensonada para escrever todos os dias, mas porque havia dias em que nada de especial tinha realmente acontecido e, por isso, nada de excepcional havia para registar.
Hoje, se eu fosse escrever uma página do meu diário, seria igualzinha a uma daquelas.
E não. Não tenho sono.

Silêncios que não dizem nada

Manhã de Sábado no lugar do costume a esta hora.
À minha volta há barulho. Não me incomoda, hoje. Agradeço-o. O barulho não me deixa ouvir o silêncio. No silêncio, uma imagem aparece em silêncio e o silêncio torna-se ainda maior. E o silêncio só faz sentido quando surge para dar lugar a outra voz que na forma de silêncio também fala.
este silêncio me falta.
Agora, agradeço o barulho.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Um nó no estômago que demorou a desaparecer e um coração que continua apertado.

Um destes dias precisei de resolver e esclarecer uns assuntos relacionados com a escola do meu filho e dirigi-me à Secção de Educação da Câmara Municipal da minha área de residência. Era manhã e cheguei cedo. Ainda assim não fui a primeira, já estava a ser atendida  uma senhora. Aguardei e, enquanto aguardava, consegui ouvir claramente o diálogo que a funcionária e a senhora travavam. Falavam em dinheiro. Percebi que a senhora queria saber qual a soma que tinha que pagar pelas refeições que o filho fazia na escola. A funcionária disse-lhe o valor. A senhora mudou de cor e olhou para o chão. Senti-me embaraçada e olhei para o chão, também. A funcionária acrescentou "Pois, é que a senhora deixou juntar muitos meses. E é melhor pagar ou cortam-lhe as refeições." A senhora balbuciou qualquer coisa e com ar de quem carregava o peso do mundo nos ombros, agradeceu o esclarecimento e saiu. Fiquei com um nó no estômago e o meu coração ficou tão apertadito! Foi a minha vez de ser atendida e mais pessoas entraram, entretanto. Preparava-me para sair quando a tal senhora volta a entrar na sala. Olhou para a funcionária e fez-lhe um sinal, mostrando que trazia dinheiro na mão para pagar. "Ai sempre vai pagar?", perguntou a outra quase a gritar, "agora vai ter que esperar para o fim!"  Voltou a olhar para o chão sentindo os olhares cravados nela e, sentindo-se embaraçada, encolheu-se num cantinho discreto.
Ao sair, fiz uma festinha na cabeça do pequenino que trazia pela mão e sorri-lhe.
O nó demorou tanto a desaparecer. O coração continua apertado até agora.