sábado, 30 de maio de 2009

Bichos da seda

Na semana passada, o meu rebento veio animadíssimo da escola com 4 amigos novos.
A primeira coisa que fez quando me viu foi mostrar-me, orgulhosamente, os ditos-cujos.
Primeiro, arrepiei-me toda. Depois, pensei em inventar qualquer uma desculpa para os manter a léguas de mim. Finalmente, esbocei um sorriso, beijei o meu príncipe e fomos os dois procurar árvores (Amoreiras) para colher as folhas adequadas à sua alimentação.
Não tardou, as "feras" criaram casulos. Moral da história, aquele que era o momento alto da vida de uma criança (alimentar estes elementos todos os dias), terminou. Está, portanto, inconsolável com o sucedido.
Informamo-nos sobre o que iria suceder a seguir, e descobrimos que, em breve, serão borboletas
e morrerão. Não sei como vai a criança superar tal tragédia.
Para lhe darem algum consolo, aconselharam-no a guardar a moradia dos "amiguinhos" exactamente como está pois, no próximo ano, nascerão dezenas - quiçá centenas - de novas criaturas afins. Não sei se dê pulos de alegria...
Ainda por cima, como é que se convence uma criança - naturalmente impaciente - a esperar um ano pelo que quer que seja?!

Ó vida!

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Sem stress...

Por motivos relacionados com a minha vida profissional, vi-me "obrigada" a sair do sossego do meu lar (tarde e a más horas) para um convívio forçado que se previa teoricamente monótono e infindável.
Foi com agradável surpresa, que verifiquei que nada de enfadonho se iria passar naqueles inícios de noite. Descobri isso logo nas primeiras trocas de impressões com a equipa que vinha partilhar o mesmo espaço comigo, na esperança de atingir os mesmos objectivos.
Os serões acabaram por se transformar em momentos de agradável convívio entre todos, onde pudemos deixar um pouco de lado a nossa máscara de educadores exemplares e sérios e onde voltámos a ser o "Nós" que já fomos em tempos.
Foram horas - que se revelaram curtas - de momentos bem passados, proveitosos, enriquecedores e de uma saudável camaradagem.
Não seremos propriamente a "Class of 2009", mas podemos ser a "Class" de outra coisa qualquer, não acham?
Let's keep in touch!
Para todos vocês, mas em especial para o MEU AMIGO SECRETO, cá vai... Enjoy!

Friends will be friends

Another red letter day,
So the pound has dropped and the children are creating,
The other half ran away,
Taking all the cash and leaving you with the lumber,
Got a pain in the chest,
Doctors on strike what you need is a rest

It's not easy love, but you've got friends you can trust,
Friends will be friends,
When you're in need of love they give you care and attention,
Friends will be friends,
When you're through with life and all hope is lost,
Hold out your hand cos friends will be friends right till the end

Now it's a beautiful day,
The postman delivered a letter from your lover,
Only a phone call away,
You tried to track him down but somebody stole his number,
As a matter of fact,
You're getting used to life without him in your way

It's so easy now, cos you got friends you can trust,
Friends will be friends,
When you're in need of love they give you care and attention,
Friends will be friends,
When you're through with life and all hope is lost,
Hold out your hand cos friends will be friends (right till the end)




quinta-feira, 21 de maio de 2009

Mais do que palavras... VII

E por vezes as noites duram meses
E por vezes os meses oceanos
E por vezes os braços que apertamos
nunca mais são os mesmos E por vezes

encontramos de nós em poucos meses
o que a noite nos fez em muitos anos
E por vezes fingimos que lembramos
E por vezes lembramos que por vezes

ao tomarmos o gosto aos oceanos
só o sarro das noites não dos meses
lá no fundo dos copos encontramos

E por vezes sorrimos ou choramos
E por vezes por vezes ah por vezes
num segundo se envolam tantos anos.

David Mourão-Ferreira

sábado, 16 de maio de 2009

Sim, não, talvez


Há momentos na minha vida em que tenho a certeza de muita coisa. Outros há, em que não tenho a certeza de nada. Mas os piores momentos são, sem duvida, aqueles em que não sei se são certezas ou incertezas.
Vejamos. Um belo dia, acordo e tudo à minha volta me sorri. Sinto-me segura e confiante. Tenho a certeza de que nada poderia correr melhor. As certezas tornam-me uma pessoa melhor.
Um dia (não tão belo como o anterior), acordo e na minha cabeça vão-se abrindo janelas (tal e qual como num ecrã de computador), cada uma com um ponto de interrogação maior que a anterior. Nesses dias tento seguir a rotina religiosamente e espero que as interrogações tragam respostas. Se as respostas não surgirem, sigo outra direcção. É porque nunca serão certezas.
Nos dias em que não acordo (simplesmente porque nem adormeci), não consigo distinguir claramente se as janelas que vão abrindo trazem pontos de interrogação ou pontos de exclamação. Aí, sim! Baralha-se-me o sistema todo e não sei se as deixo hibernar in the corners of my mind ou se espreito lá para dentro porque me vão dar respostas, certezas.
Gosto de observar as outras pessoas, observar as curiosidades do comportamento humano, (já não é a primeira vez que o digo), e tentar traçar/adivinhar-lhes um perfil. Verifiquei inúmeras vezes que há quem prefira passar pela vida não tendo nada como certo. Pelos vistos, é-lhes confortável essa posição. Como conseguem? Qual é o segredo para a felicidade desse desprendimento?

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Gosto de gestos simpáticos


Na correria que é esta vida rotineira em muitas "selvas de pedra" por aí fora, os gestos simpáticos vão escasseando.
Eu sou uma apreciadora de gestos simpáticos e quando presencio algum (ou alguém tem um para comigo), they simply make my day.
Uma vez, li num pequeno texto de um manual de português de escola primária que, dizer um "obrigado" ou um "por favor", era como oferecer uma flor. Não mais esqueci esta frase.
Os gestos simpáticos nem sequer têm que ser dentro dos "obrigado" ou "por favor". Podem ser um piscar de olho de algum condutor apressado a quem se cedeu passagem; pode ser uma festinha na cabeça de uma criança; pode ser um elogio espontâneo e genuíno de quem nada espera em troca; pode ser uma mensagem de alguém com quem não estamos há muito tempo apenas para nos recordar que continuamos a morar no seu coração.
Numa bela terra deste país à beira mar plantado, teve lugar uma iniciativa do mais simpático que pode haver. Por entre a multidão das ruas, deambulavam pessoas que tinham na cara sorrisos rasgados de orelha-a-orelha e usavam t-shirts que exibiam a frase "Abraços grátis". Ora, existe lá gesto mais simpático do que este abraçar, apenas pelo bem que faz (e sabe) abraçar? E era abraços que nunca mais acabavam... parecia que o mundo inteiro precisava de um abraço.
De vez em quando, alguém tem o cuidado de me presentear com um gesto simpático.
O meu bouquet não é, de facto, muito grande, mas as flores que o compõem são as mais belas e raras que se podem encontrar.

Balanço do evento levado a cabo pela AAPACDM

No seguimento do que foi anunciado no post anterior, não poderia deixar de ser feita alguma comunicação (mais ou menos formal) sobre o resultado da iniciativa a que a instituição acima mencionada se prestou. 
Serve este post para informar que o evento foi um sucesso e que a convidada (Rita Guerra), fez jus ao que por aí se vai escrevendo sobre ela, ou seja, que continua a ser uma voz de referência no panorama musical feminino deste país.
Outras iniciativas serão de louvar. 
Para já, fica  a recompensa para os que arduamente se empenharam no projecto, e que foi, certamente, gratificante. Parabéns!

sexta-feira, 8 de maio de 2009

A AAPACDM conta convosco


Jantar de solidariedade num dos espaços mais interessantes destas paragens. Não deixem de o descobrir apoiando, em simultâneo, a causa. E depois, ouvir a voz da Rita Guerra também vale bem a pena....



quarta-feira, 6 de maio de 2009

Frase do mês

Há muito, muito tempo, era eu uma criança. Usava tranças pretas e caçava borboletas, tal como consta das letras das canções. Pois era assim mesmo. Tive uma infância feliz, mas nem por isso muito longa.

Cresci no seio de uma família tradicional, conservadora e exigente, que tinha pressa que eu crescesse. Não os decepcionei. Cedo aprendi a ser responsável e a cuidar do meu irmão mais novo. Mais ainda, a partir de uma certa altura, sempre cuidei de mim sozinha. Talvez por esta razão, não tenha vivido, passado, por tantas loucuras que deviam ter sido vividas no seu próprio tempo, e, desta forma, talvez agora cometesse menos...

O facto é que a frase deste mês me deixou a pensar. Torço verdadeiramente para que um pouco de loucura me acompanhe em todas as idades, para que consiga passar pela vida sem perder o tino.





"Assim como há flores em todas as estações, há loucuras em todas as idades."
Joui