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sexta-feira, 26 de julho de 2013

a dignidade, o respeito. os Afetos.

tenho andado a matutar nisto de como a maioria das pessoas é tão diferente daquilo que nos mostra quando as conhecemos. e percebemos isto quando não tropeçamos nelas há algum tempo mas, por qualquer razão, voltamos a cruzar-nos e realizamos como pode ser o acaso dececionante. dedicamos-lhe algum espaço no nosso pensamento. espaço esse ao abrigo do "não pode ser a mesma pessoa" ou "alguma coisa aconteceu". enfim, tentamos arranjar algo que justifique o que não tem de ser justificado. mas precisamos de justificar (especialmente a nós próprios), o porquê de num dado momento da nossa vida esses "alguéns" já terem sido importantes. e nem sempre é tarefa fácil, essa do justificar a nós próprios. é bem mais difícil do que justificar aos outros.
e voltamos aos lugares comuns e ao "há que aceitar, ninguém é perfeito". a verdade é que, a mim, a perfeição nunca me disse grande coisa. a perfeição é ausência de personalidade; nunca é genuína, espontânea, passa sempre pela escassez do lado humano, do que é intrínseco a cada um de nós.
contudo, há coisas que, sendo de nós, e não nos fazendo perfeitos, fazem de nós seres Humanos.
coisas como a dignidade, o respeito. os Afetos.

tenho andado  a matutar nisto de como a maioria das pessoas é tão diferente daquilo que nos mostra.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

"Deito-me tarde...

Vânia Medeiros
...Espero por uma espécie de silêncio
Que nunca chega cedo
Espero a atenção a concentração da hora tardia
Ardente e nua
É então que os espelhos acendem o seu segundo brilho
É então que se vê o desenho do vazio
É então que se vê subitamente
A nossa própria mão poisada sobre a mesa

É então que se vê o passar do silêncio"

sophia de mello breyner andresen

domingo, 7 de outubro de 2012

mais um!

à minha frente uma parafernália de ferramentas de trabalho. precisam de uso e (ainda) tenho de lhes pegar. fazem-me companhia uma constipação sem tamanho e uma dor de cabeça (não são nada uma sem a outra). não tarda é noite e apetecia-me simplesmente ser muito humana: esparramar-me no sofá!

é domingo.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

"Classy Excuse for a Trashy Experience". pá, e é isto.

(na realidade é o nome de um álbum dos Love Scenes, mas tão bem, tão bem, tão bem sucedido, que eu sei lá!)

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

os meus posts azeiteiros

tenho dias em que me aborrece solenemente quando quero postar "aquela" musica específica com uns dizeres específicos e não encontro o vídeo. ou então encontro, mas um video tão azeiteiro que até tenho vergonha. por vezes passo à fase seguinte e tento encontrar uma outra musica que se aproxime ao que pretendo. mas acabo por achar que se calhar não me apetece lá muito não postar exatamente aquela, se é aquela que quero. e rendo-me às circunstâncias e lá vai ela postar aquilo que acaba por ser um post azeiteiríssimo apenas por teimosia. e porque o tempo e a paciência têm limites.

é a vida!

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

mudanças

nunca gostei de mudanças. na realidade, sempre tive receio delas. não sei se será o meu lado mais comodista, ou se é o facto de não saber o que trazem, que me assusta. no entanto, tive já mudanças q.b. ao longo da vida. a mudança de liceu no 10º ano, por exemplo. a saída da terra natal para a universidade. as várias mudanças de casa e de companheiras durante a universidade. a mudança de cidade quando comecei a trabalhar. mudança nisto... mudança naquilo... apreensiva, sempre.

e neste momento anseio por uma.

fotografia de pavel titovich

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

No TV for me

Em minha casa a televisão está sempre num canal onde haja desenhos animados, basicamente. Ou seja, a minha pessoa pouco vê televisão, portanto (refiro-me a programas que não desenhos animados). Isto porquê? Porque numa casa onde há uma criança, há uma televisão com desenhos animados. Ponto.
Falou-se disto numa emissão da manhã da Rádio Comercial, que eu ouvi, por acaso, quando ia a caminho do trabalho. Pelos testemunhos, percebi que é normal que assim seja. É muito comum os adultos passarem a não acompanhar da mesma forma a actualidade que a tv facilita quando têm filhos. De facto, passamos até por alguns embaraços quando alguém no trabalho nos fala num acontecimento a nível mundial e nós ficamos surpreendidos, revelando o nosso desconhecimento total sobre o assunto. Fica a parecer que vivemos noutro planeta, pois o mundo inteiro já sabe e nós não. Porque não vemos tv, lá está. A não ser que haja mais televisões em casa, alguém observou. Ora bem, eu tenho mais televisões em casa. Agora, será que eu prefiro ver televisão noutra divisão da casa, sozinha, durante as poucas horas do dia em que posso estar com o meu filho? Enquanto que ele está noutra, sozinho também, a ver desenhos animados e eu até tenho a oportunidade de vê-los com ele? É claro que não! Nem consigo conceber tal ideia. Prefiro continuar a fazer figuras de surpreendida como se fosse uma extraterrestre.
Noutro planeta já eu vivo há muito tempo, de qualquer forma.

(fotografia de André)

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Indignação

"Porque é que este sonho absurdo
a que chamam realidade
não me obedece como os outros
que trago na cabeça?"

José Gomes Ferreira

domingo, 25 de setembro de 2011

diário - 11/09/25

coisa nenhuma. é tudo o que me ocorre escrever sobre o dia de hoje. na realidade, é tudo o que me ocorre escrever sobre o dia de ontem, também. e sobre o de anteontem. se começar a pensar bem na coisa, sou capaz de concluir que há alguns dias que assim é. por isso, não vou pensar. e como não tenho, então, nada sobre o que escrever, fico por aqui. sem dizer coisa nenhuma.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

AAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAARRRGGHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Se calhar, as pessoas deviam andar todas com bolas de cristal


A propósito de um post que um amigo publicou no seu blogue, a indignação e a revolta que nasceram em mim foram tão maiores que não caberia tudo o que me apetece dizer em apenas um comentário ao dito post. E talvez por isso, surja este.
Quanto a mim, os tais "cobardes FDP que nunca têm vergonha" deveriam, sem qualquer sombra de duvida, ser denunciados e, obviamente, condenados de forma "séria" e eficaz para que nunca mais pudessem repetir o crime. Agora, gostaria também de partilhar convosco o complicado que é esta questão da denúncia de um "cobarde FDP que nunca tem vergonha", pois veio-me à lembrança que foi um assunto bastante trabalhado em contexto laboral, que teve direito à presença de alguns membros da APAV, cujo objectivo era esclarecer determinadas questões de natureza similar a esta. O que foi feito perante uma audiência que metia respeito, tendo em conta o grande numero de participantes e só por isso.
Este acontecimento no meu local de trabalho, teve lugar, justamente, porque tivemos conhecimento (de forma indirecta, claro, estas coisas nunca são ditas directamente), de alguns casos que poderiam estar a ser vividos naquela população.
Lembro-me que os oradores falaram um pouco sobre a Associação (objectivos, auxilios prestados, possíveis apoios...), enfim, contextualizaram a intervenção, deram indicações e forneceram as informações necessárias para o caso de.
Seguidamente, foi solicitado à audiência que colocassem questões, caso o desejassem. Era o lugar e (se calhar), a altura certa.
Ora bem, depois de muitas perguntas, o grosso que ficou das respostas dos senhores da APAV foi:
- para haver denuncia tem que haver provas e as provas são (no caso da denúncia ser da própria vítima), muitas vezes, as marcas no próprio corpo;
- no momento seguinte ao da denúncia, o mais provável é que as vítimas tenham de voltar para casa e sujeitarem-se ao que vier depois, ninguém lhes garante um lugar para se protegerem (nem aos filhos, caso os tenham);
- convém que as vítimas saibam que, se forem elas a abandonar o "lar", podem perder alguns direitos no que concerne aos "bens" e aos filhos (?!).
Já quase no final do "esclarecimento", ouviu-se uma voz perguntar: "então, se se pensar nisso tudo antes, o que é que as pessoas "devem" fazer para que a violência não volte a acontecer?".
E de lá da frente veio uma voz com a intervenção mais infeliz que alguém poderia ter tido em contexto similar (ou em qualquer outro, às tantas): "se calhar, o melhor mesmo, é ter algum cuidado ao escolher os parceiros com quem vão ter uma vida em comum".
Acreditem, se quiserem.

domingo, 14 de agosto de 2011

O segundo Verão

Sábado à noite. Nada de especial para fazer. Apeteceu-me ir um pouco atrás e ler os meus escritos de há um ano.
Há um ano atrás, foi o meu primeiro Verão depois de. Foi um Verão completamente diferente. Há muitos anos que não vivia um assim. Foram umas boas férias, apesar de, lembro-me bem. Passei pela primeira vez pela experiência de não ter a Razão da Minha Vida comigo por alguns dias, o que me dilacerou o coração. Mas tive a sorte de ter sempre por perto amigos e familiares que preencheram os meus vazios de alma da melhor forma que puderam e souberam, tendo alguns, até, feito centenas de quilómetros para, numa altura em que mais precisei deles, eu sentisse que estavam lá para mim. Espero que todos saibam o quanto isso foi importante e que não o esquecerei nunca.
Este é o segundo depois de. Também este está a ser diferente. A vida tem destas coisas, o meu circulo de afeição, este ano, coincidiu todo no calendário de férias e, por uma razão ou por outra, não pude acompanhar nenhum deles. "São uns sortudos", estou eu a pensar. Vou recebendo notícias e fotografias e partilho com eles um sorriso que não vêem. Um sorriso à distância. A diferença deste segundo Verão é, por esta razão, um pouco mais pesada. Embora os vá sentindo por perto (as tecnologias dão uma ajudinha), estou só eu, desta vez. Não que tivesse a ilusão de que todos os Verões iriam ser como o do ano passado. Afinal, a vida continua, o grieving process não pode ir permanecendo e ficar, tipo, instalado, porque assumi que alguém estará sempre comigo. Posso ainda estar a aprender a caminhar sozinha, mas I Will graduate. Talvez este período seja um teste. Talvez eu passe este teste e, para o ano, já não esteja a escrever um texto para o blogue, como hoje sucede. Talvez, talvez,...
Aproveito, para desejar a todos os que costumam subir ao Quinto Andar, férias excelentes, onde quer que as passem, com muita, mas muita gente que vos queira bem e vos faça feliz por perto.
Gosto de vocês.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Ser ou não ser uma gaja moderna

Às vezes pergunto-me porque não saberei eu ser uma gaja moderna em vez desta personagem que mais parece saída de um romance da Jane Austen. Depois penso que a Jane Austen era uma mulher muito inteligente que criava personagens cheias de significado. E, se calhar, mais vale ter significado do que ser moderna. Digo eu.

Não me encontro num momento de grande coerência... (acho).

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Pessoalmente

...não acho grande piada quando a vida nos brinda com um bocadinho de paraíso para depois o tirar logo a seguir. Como quando mostram um doce a uma criança e depois não lho deixam comer.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Tough days

A semana não foi fácil. Por várias razões e uma delas foi o facto do meu filho também ter tido um dia menos bom pelo meio. Um dia menos bom na vida do meu filho, é um dia mau para mim. E é-o porque perante certos caprichos da vida as mães sentem-se tão impotentes! É o quase nada poderem fazer para que se sintam melhor e é uma sensação bastante ingrata. Há então que recorrer ao que está ao nosso alcance, mesmo que seja apenas envolvê-los numa teia de amor um dia inteiro e ajudá-los, especialmente nesse dia, a crescer com a certeza que essa teia nunca os abandonará. Perante um episódio semelhante ao desta semana, há algum tempo atrás, não foi esta a opção que fiz. Lamento-o até hoje. É que, entre nós, os pais, parece haver uma tendência generalizada para minimizarmos o que se passa com os nossos filhos... "é provável que a coisa se resolva sem mais"... É tão mais fácil cairmos nesse lugar comum.

domingo, 24 de outubro de 2010

Nós sós dava tanto jeito!

Às vezes tentamos, lutamos, esperamos, resistimos, insistimos e... cansamos, inevitavelmente. Expiramos. Baixamos o olhar. Os braços, também. Decidimos ir em frente, tem que ser, se não por nós, por alguém há-de ser, mas já não é em frente que olhamos. Espetamos os olhos em cada pedaço de chão e ansiamos por chegar ao destino sem qualquer tipo de abordagem. Calamos. Só nos queremos a nós e estar connosco. Tornamo-nos egoístas de nós mesmos e gostamos de nós sós. Nós sós somos os maiores. Nós sós não nos decepcionamos. Nós sós sabemos com o que podemos contar. Nós sós ficamos bem com o muito e com o pouco. Nós sós não esperamos, nem pelo tudo nem pelo nada. Nós sós não nos atrasamos nem nos adiantamos. Nós sós não queremos, mas também não deixamos de querer. Nós sós sonhamos e só nós sabemos o que sonhamos e sabemos que não passa de um sonho e, mesmo assim, não nos envergonhamos de o sonhar. Nós sós vivemos a vida que somos nós e deixamos viver. Nós sós dava tanto jeito!
Às vezes é tão difícil não desistir.