segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

"and if there's nothing else that (we) can do"...

acreditemos!

pois muitas serão as dúvidas. o novo ano traz com ele incertezas e corações apreensivos, como há muito tempo não acontecia. resta-nos acreditar (até porque nos faz bem), que em 2013 vai haver muito mais do que "isto"...

que seja repleto de tudo a que temos direito, pelo menos. se recebermos mais do que isso, também não será mau de todo (digo eu). fiquem bem!



To Believe in Something, The Eden House

domingo, 30 de dezembro de 2012

Sweet Temptation

eu não sei se são os melhores do mundo, porque não provei assim tantos, mas que os Éclairs desta 'casa' são uma perdição, lá isso...
Leitaria da Quinta do Paço, Porto
e perder a noção do tempo, naquela esplanada, com um grupo de amigos, num lindo dia de sol, então...

sábado, 29 de dezembro de 2012

Saldos, a quanto obrigais!

Santa Catarina, Porto
Não é que me tenha custado especialmente fazer esta meia dúzia de quilómetros (que foram bem mais que meia dúzia, embora comparando com os que faço normalmente para lá estar, a sensação tenha sido a de que fiz meia dúzia, apenas). However, não deixou de ser algo frustrante o resultado da empreitada... a caminho de lá toda eu era sorrisos, já me via cheia de sacos contendo botas, sapatos, adereços infinitos, livros, Cd's... umas pecitas de roupa há muito namoradas por moi e que finalmente iam ser minhas! Mas acabaram por não ser. É que o panorama que se apresentava era este... ainda tentei entrar em duas lojas, mas apoderada pela sensação de falta de ar "respirável" que senti, desisti. Na realidade, também  não tinha outro remédio, a não ser que estivesse disposta a encarar aquelas filas sem tamanho até às quinhentas, quer dizer...
Comentava-se por lá que este ano havia muito mais gente nas lojas por esta altura. A culpa era da austeridade, pois houve quem tivesse esperado para comprar agora as prendas de Natal... E eu compreendo perfeitamente, claro. De alguma forma também eu esperei. Mas pronto, não me apetecia mesmo nada aquilo...
De forma que o almoço na baixa com a C. foi muito mais prolongado, o J. juntou-se a nós e levámos nisto até meio da tarde, pronto. E foi muito bom! Provavelmente, melhor.

sábado, 22 de dezembro de 2012

e é isto.


para todos os que por aqui passaram, (mas em especial aos que ficaram ;) ), um mesmo muito, muito feliz! 

domingo, 9 de dezembro de 2012

"Há quem tenha medo que o medo acabe."

Mia Couto(Conferência de Estoril, em 2011)




Há quem diga que são rosas, 
Mas não são.
Não há rosas andrajosas,
Em botão.

Imagem mesmo que fosse,
Não servia.
O amargo não é doce,
Nem sequer na fantasia.

Chamem-lhes pois pelo nome,
Pelo seu nome infeliz
De seres humanos com fome
Na raiz.

Miguel Torga


sábado, 8 de dezembro de 2012

Maya Angelou knows her stuff...







"My mission in life is not merely to survive, but to thrive; 
and to do so with some passion, some compassion, some humor, and some style" 


"I can be changed by what happens to me. But I refuse to be reduced by it."


Maya Angelou

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Mais do que palavras... XXIX



"Our destiny, our nature, and our home
Is with infinitude, and only there;
With hope it is, hope that can never die,
Effort, and expectation, and desire,
And something evermore about to be.”


William Wordsworth

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

em dia de greve geral no meu país...

A noite trocou-me os sonhos e as mãos
dispersou-me os amigos
tenho o coração confundido e a rua é estreita
estreita em cada passo
as casas engolem-nos
sumimo-nos
estou num quarto só num quarto só
com os sonhos trocados
com toda a vida às avessas a arder num quarto só


Sou um funcionário apagado
um funcionário triste
a minha alma não acompanha a minha mão


Débito e Crédito Débito e Crédito
a minha alma não dança com os números
tento escondê-la envergonhado
o chefe apanhou-me com o olho lírico na gaiola do quintal em frente
e debitou-me na minha conta de empregado

Sou um funcionário cansado dum dia exemplar
Por que não me sinto orgulhoso de ter cumprido o meu dever?
Por que me sinto irremediavelmente perdido no meu cansaço
Soletro velhas palavras generosas
Flor rapariga amigo menino
irmão beijo namorada
mãe estrela música

São as palavras cruzadas do meu sonho
palavras soterradas na prisão da minha vida
isto todas as noites do mundo numa só noite comprida
num quarto só


António Ramos Rosa, Poema dum Funcionário Cansado

(e de confrontos)

terça-feira, 13 de novembro de 2012

história do antes de adormecer do André, hoje

'- Sonha!!?
- Sonha, pois! Para quê essa admiração? Ele sonha com a Estrada-Larga.
- Que disparate! Se já se viu!
- Não, senhora Figueira. Nunca se viu, e para isso é que servem os sonhos. Para inventar coisas, coisas que fazem a vida bonita.'

Maria Rosa Colaço, Espanta-Pardais

domingo, 28 de outubro de 2012

Cartão de Cidadão

esta semana teve lugar um acontecimento algo importante aqui pel'O Quinto: o meu apêndice foi tirar o seu Cartão de Cidadão! tornou-se necessário por várias razões, mas aconteceu um pouco mais cedo do que prevíamos porque em breve vai fazer a sua primeira viagem de avião e tinha mesmo de ser. todo ele é uma empolgante e permanente agitação! primeiro porque o facto de ter tirado o CC o fez sentir "um crescido", como ele próprio diz: "viste como escrevi lá o meu nome? espero que a letra esteja bonita o suficiente...", "viste que ficou lá o meu nome no cartão com a minha letra? é igual ao teu, mãe! também já tenho um". e depois porque a preparação para o ato também teve a sua importância, ele tinha porque tinha que ficar giro na fotografia, logo, houve todo um ritual na escolha da roupa e na forma como ia penteado... confesso-vos que é com grande ternura que constato como estas coisas são importantes para ele, aquilo que não passa de uma burocracia-frete para tantos. com o meu filho tenho aprendido tanto a "reparar" nas coisas. nem sei dizer a quantidade delas que voltaram a ganhar significado, ou que ganharam um significado que nunca tiveram antes.

tão bom!

sábado, 27 de outubro de 2012

Conta-me uma história em "adormecer.pt"

"Todas as noites, quando a Lua pinta o céu com difusas aguarelas escuras, milhares de crianças pedem aos pais que lhes aconcheguem os lençóis e lhes contem uma história."

o meu querido amigo Ivar Corceiro é o autor destas palavras e teve esta ideia brilhante de escrever contos para crianças, segundo o próprio, "para que durmam bem". e eu peço a todos os que por aqui passam, que passem também pelo adormecer.pt, leiam os contos que lá vão encontrar às vossas crianças (tenho a certeza que elas vão agradecer), e paguem um café ao Autor. pode ser?

já agora, dêem um salto à página adormecer.pt no facebook também, garanto-vos que vai valer a pena! 

David J (Bauhaus/Love&Rockets) vai estar em Portugal!

"Desta vez é a solo: o lendário fundador, baixista, segunda voz e compositor dos BAUHAUS e também dos LOVE & ROCKETS apresenta-se em nome próprio para um conjunto de concertos acústicos e intimistas, naquela que será uma oportunidade única para assistir a uma retrospectiva de carreira. DAVID J percorre mais de três décadas dedicadas à música, entre alguns trabalhos a solo, versões muito particulares de outros autores, e claro, alguns dos temas clássicos que imortalizaram as suas duas bandas icónicas, acompanhado por dois músicos convidados, Darwin Meiners e Michael Berg. Depois dos míticos concertos dos Bauhaus em 2006 e dos Love & Rockets em 2008, o regresso de DAVID J a Portugal está marcado para o final de Outubro com passagem por Lisboa, Coimbra e Porto".

●● BILHETES: 15 EUR ●● MAIS INFORMAÇÕES ► http://soundfactory.org/ ●●


Datas: LISBOA 29/out + COIMBRA 30/out + PORTO 31/out 2012

Já agora, se não têm bilhete, ainda vão a tempo de ganhar um. Inscrevam-se AQUI e... boa sorte!  

domingo, 14 de outubro de 2012

Uma ao fim de semana (18)


Sitting here wishing on a cement floor
Just wishing that I had just something you wore

I put it on when I grow lonely
Will you take off your dress and send it to me?

I miss your kissin' and I miss your head
And a letter in your writing doesn't mean you're not dead
Run outside in the desert heat
Make your dress all wet and send it to me

I miss your soup and I miss your bread
And a letter in your writing doesn't mean you're not dead
So spill your breakfast and drip your wine
Just wear that dress when you dine

Sitting here wishing on the cement floor
Just wishing that I had just something you wore

Bloody your hands on a cactus tree
Wipe it on your dress and send it to me

Sitting here wishing on the cement floor
Just wishing that I had just something you wore

Cactus, Pixies

(obrigada, João V.! lindo!)


'Uma ao fim de semana' é a rubrica d'O Quinto Andar da qual consta uma musica que se ajusta, por uma razão ou por outra, ao estado de espírito da minha pessoa nesse momento. Sugestões são bem-vindas (embora sujeitas a apreciação). Podem enviá-las para lp.going.80s@gmail.com.

domingo, 7 de outubro de 2012

emptiness

the hollow man

We are the hollow men
We are the stuffed men
Leaning together
Headpiece filled with straw. Alas!
Our dried voices, when
We whisper together
Are quiet and meaningless
As wind in dry grass
Or rats’ feet over broken glass
In our dry cellar

Shape without form, shade without colour,
Paralysed force, gesture without motion;
(...)
Eyes I dare not meet in dreams
In death’s dream kingdom
These do not appear:
There, the eyes are
Sunlight on a broken column
There, is a tree swinging
And voices are
In the wind’s singing
More distant and more solemn
Than a fading star.
(...)
The eyes are not here
There are no eyes here
In this valley of dying stars
In this hollow valley
This broken jaw of our lost kingdoms

In this last of meeting places
We grope together
And avoid speech
Gathered on this beach of the tumid river
(...)
Between the idea
And the reality
Between the motion
And the act
Falls the Shadow
                                For Thine is the Kingdom

Between the conception
And the creation
Between the emotion
And the response
Falls the Shadow
                                Life is very long

Between the desire
And the spasm
Between the potency
And the existence
Between the essence
And the descent
Falls the Shadow
                                For Thine is the Kingdom

For Thine is
Life is
For Thine is the"
(T. S. Eliot)

mais um!

à minha frente uma parafernália de ferramentas de trabalho. precisam de uso e (ainda) tenho de lhes pegar. fazem-me companhia uma constipação sem tamanho e uma dor de cabeça (não são nada uma sem a outra). não tarda é noite e apetecia-me simplesmente ser muito humana: esparramar-me no sofá!

é domingo.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

terça-feira, 2 de outubro de 2012

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

os meus posts azeiteiros

tenho dias em que me aborrece solenemente quando quero postar "aquela" musica específica com uns dizeres específicos e não encontro o vídeo. ou então encontro, mas um video tão azeiteiro que até tenho vergonha. por vezes passo à fase seguinte e tento encontrar uma outra musica que se aproxime ao que pretendo. mas acabo por achar que se calhar não me apetece lá muito não postar exatamente aquela, se é aquela que quero. e rendo-me às circunstâncias e lá vai ela postar aquilo que acaba por ser um post azeiteiríssimo apenas por teimosia. e porque o tempo e a paciência têm limites.

é a vida!

sábado, 22 de setembro de 2012

"Alexandre Queirós personaliza figuras típicas de cerâmica" (e mais um amigo "famoso" de Memyselfandi! =)))

E nem de propósito, voltar a dizer no meu blogue que me rodeiam pessoas cheias de iniciativa, criatividade, empreendedoras e sinónimos afins, é capaz de começar a ser maçudo... mas a verdade é exatamente essa! Agora é a vez  do amigo Alexandre Queirós brilhar. O projeto do Alexandre é desenvolvido no Porto, mais concretamente na Rua das Oliveiras, números 57 e 59. Lugar onde o próprio terá todo o gosto em receber quem o quiser visitar. O seu trabalho é pioneiro no nosso país e pretende, de alguma forma, ser uma alternativa (de muito bom gosto, vos digo eu) às pinturas tradicionais dos tão nossos Galos de Barcelos, Andorinhas (que fazem lembrar as de Bordallo Pinheiro) e Sardinhas de Lisboa (sendo estas as três figuras base do seu trabalho).

Deixo-vos aqui uma publicação, onde poderão encontrar mais informação sobre o projeto.

(o maior dos sucessos, querido amigo!)

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Joana Cabrita Martins - (merecido) talento português em exposição além-fronteiras

 London Design Festival,  um dos mais prestigiados eventos da área a nível internacional


(parabéns por mais uma conquista, cara colega! um bem-haja pela partilha de tamanha criatividade e empenho!)

sábado, 15 de setembro de 2012

Manifestação 15/9/2012, Faro

O meu filho soube hoje o que era uma manifestação. Participou numa pela primeira vez. Ainda ponderei sobre se seria uma boa ideia levá-lo, mas logo que cheguei ao local vi, com agrado, que grande parte dos pais tinha optado por levar as suas crias também. Provavelmente com o mesmo objetivo com que levei a minha: para que sentissem que quando alguma coisa na vida das pessoas não está bem, porque outras não estão a cumprir com o que haviam prometido, há sempre algo que pode (e DEVE) ser feito. Por mais poder que as outras tenham. E tudo correu da melhor forma, em Faro: pacífica e ordeiramente.
Como era de esperar, as perguntas foram mais que muitas: que diziam os cartazes; que diziam as pessoas; porque gritavam; o que eram palavras de ordem; para quem estão a falar; será que as vão ouvir. O papel do pai-educador não é fácil nestes momentos. Há certas noções políticas e sociais algo abstratas, difíceis de concretizar para uma criança de 8 anos... O nosso tempo não durou o tempo da manifestação, obviamente. Mesmo assim, parece-me que o essencial ficou lá (ou cá): "Espero que a austeridade acabe depressa e que as pessoas voltem a ser felizes outra vez", dizia enquanto nos dirigíamos ao carro para voltarmos a casa. E percebi que a palavra 'austeridade' passou a fazer parte do discurso do meu filho.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

espíritos inquietos

mais do que sexta-feira, hoje é dia 14 de setembro do ano de 2012. o dia que antecede aquilo que se prevê como uma manifestação sem igual no nosso país, em nome de um futuro que todos desejamos como frutífero. muito mais frutífero do que nos têm feito crer.
vão-se percebendo as almas em desassossego, ansiosas pelo que amanhã poderá trazer. a esperança de muitos parece depender deste amanhã.


hoje, nem só o meu é um espírito inquieto.

domingo, 2 de setembro de 2012

Uma ao fim de semana (17)


"Ugliness you have to learn, beauty you can't teach"


"Like a womb night was all around
Someone somewhere must have talked some sense
I could feel it moving underground
So many things I still don't understand

The dream I was having took on an ugly face
I don't know if I was walking through heaven
It could have been any place
Skipping 'cross the water wading through the sand
Awake to find you gone emptiness is where you lay
Well I just had to smile for all the things you'll never hear me say

Oh I know I could never get that near
What do you expect me to do disappear?

You and me we're as free as we can be
Can't you see (can't you see) like the trees so obviously

The message disturbs me so I throw it to the wind
And after all the hellos good-byes
We can't start this thing again
It's like the fog you walk towards but never seem to reach

Every morning now I hear that same old song
And though the singer is long dead his voice goes on and on...
Ugliness you have to learn beauty you can't teach
Awake to find you gone a note pinned to my sleeve
Well it wasn't just the things you took
It was the things you had to leave

Now it seems you were never here
What do you expect me to do disappear?

You and me we're as free as we can be
Can't you see (can't you see) like the trees so obviously

Disappear?, The Church


'Uma ao fim de semana' é a rubrica d'O Quinto Andar da qual consta uma musica que se ajusta, por uma razão ou por outra, ao estado de espírito da minha pessoa nesse momento. Sugestões são bem-vindas (embora sujeitas a apreciação). Podem enviá-las para lp.going.80s@gmail.com.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

mudanças

nunca gostei de mudanças. na realidade, sempre tive receio delas. não sei se será o meu lado mais comodista, ou se é o facto de não saber o que trazem, que me assusta. no entanto, tive já mudanças q.b. ao longo da vida. a mudança de liceu no 10º ano, por exemplo. a saída da terra natal para a universidade. as várias mudanças de casa e de companheiras durante a universidade. a mudança de cidade quando comecei a trabalhar. mudança nisto... mudança naquilo... apreensiva, sempre.

e neste momento anseio por uma.

fotografia de pavel titovich

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Passeio pela fresquinha

acabei de chegar de uma caminhada noturna com a minha cria. foi sugestão dele, logo que cheguei a casa. que jantássemos mais cedo e depois fôssemos passear "pela fresquinha". é que memyselfandi já não se encontra de férias, mas a sua cria sim. o que significa que os dias inteiros de atividades em conjunto terminaram, embora a necessidade  de continuar  a partilhar continue, obviamente. há, então, que aproveitar o tempo do dia que resta. arrumámos tudo, mãos dadas e lá fomos nós. não fomos longe, mas como não é costume o trajeto por esta altura do dia, acabámos por observar, descobrir, constatar uma data de coisas. é incrível o número de pessoas que sai de casa para caminhadas durante esta hora aqui pela vizinhança! ainda mais incrível, estarmos quase no coração da cidade e, ao passar por uma ponte, parámos e conseguimos sentir o cheiro a terra e ouvir os grilos e as cigarras como se no campo estivéssemos. por momentos viajei até à minha infância. e comentei com o meu filho. seguiu-se um sem número de perguntas, quando dei por mim, estava a contar-lhe as minhas aventuras de quando tinha a idade dele. e novamente perguntas, mas, principalmente, sorrisos cúmplices de traquinices em comum (e de orelha a orelha!), regados com um beijito e um xi coração aqui e acolá durante o passeio. a repetir completamente!

já agora, há que passear pela fresquinha!


terça-feira, 28 de agosto de 2012

"A Casa Quieta" de Rodrigo Guedes de Carvalho

e foi isto, mais coisa menos coisa...

´

agosto

"Queres falar sobre isto
Acho que não
Não tenhas medo
Vou tentar
Ela pousa a chávena na cabeceira, deita-se
Tens frio
Não, estou bem
Ela deita-se também, ela fecha os olhos
Mariana
Que é
Não consigo dormir"


domingo, 26 de agosto de 2012

Brave Merida!

Sempre suspeitei, mas finalmente tive a confirmação: os senhores da Disney têm informantes espalhados pelos 4 cantos do mundo porque andam sempre à procura de novas histórias e, depois de algum deles ter passado uma vida a 'estudar' a minha pessoa, lá a decidiram transpor para a animação... não fosse o cabelo ruivo e a arte do arco e flecha, e vos garanto que era eu, sem tirar nem pôr, a maria-rapaz do filme. A sério!

domingo, 19 de agosto de 2012

diário - 12/08/18


                 "When things go wrong as they sometimes will, 
When the road you're trudging seems all up hill, 
When the funds are low and the debts are high
And you want to smile, but you have to sigh, 
When care is pressing you down a bit, 
Rest, if you must, but don't quit. 

Life is queer with its twists and turns, 
As everyone of us sometimes learns,
And many a failure turns about
When he might have won had he stuck it out, 
Dont' give up though the pace seems slow,
You may succeed with another blow.

Success is falure turned inside out, 
The silver tint of the clouds of doubt,
And you never can tell how close you are,
It may be near when it seems so far, 
So stick to the fight when you're hardest hit
It's when things seem worst that you must not quit.

For all the sad words of tongue or pen,
The saddest are these: "It might have been!"


John Greenleaf Whittier

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

diário - 12/08/16


You try to sleep
'Cause there's never enough
You try to sleep
But then you never wake up
Inside the dream
You take a step
You come to see
To see your debt

Try to sleep
Don't look at the camera
Try to sleep

You stretch your wings
You take a breath
You hide your feet
Embrace your head
A tragedy
No, there's never enough
You try to sleep
But then you never wake up

Try to sleep
Don't look at the camera
Try to sleep

But then you never wake up

Try to Sleep, Low

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Mais do que palavras... XXVIII

Chove. Há Silêncio

Chove. Há silêncio, porque a mesma chuva
Não faz ruído senão com sossego.
Chove. O céu dorme. Quando a alma é viúva
Do que não sabe, o sentimento é cego.
Chove. Meu ser (quem sou) renego...

Tão calma é a chuva que se solta no ar
(Nem parece de nuvens) que parece
Que não é chuva, mas um sussurrar
Que de si mesmo, ao sussurrar, se esquece.
Chove. Nada apetece...

Não paira vento, não há céu que eu sinta.
Chove longínqua e indistintamente,
Como uma coisa certa que nos minta,
Como um grande desejo que nos mente.
Chove. Nada em mim sente...

Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"

sábado, 4 de agosto de 2012

"God I'm hot!" - Tomás das Cruzes (Rock of Ages)


eu podia falar-vos sobre o retrato de uma geração, um reflexo da sociedade de então, de uma classe caricaturizada e de outros aspetos não menos importantes e muito dignos de serem abordados. mas em verdade vos digo: I'm a sucker for musicals e foi essa a razão que me levou a ver o filme. anos 80 e canções que reconhecemos logo aos primeiros acordes. muito rock, muito glam, muitas Power Ballads, muita "América", principalmente, mas com o elemento comicidade sempre à mistura. Tom Cruise numa interpretação, a meu ver, excelente e, sobre ele, bem... é ver a foto (e o filme). 
deixo-vos um cheirinho, uma das partes que melhor ilustra o espírito do filme, talvez.


domingo, 29 de julho de 2012

Uma ao fim de semana (16)


"Why do you always stay
Miles away
And two steps behind
Where the past is still living
Beautiful and forgiven
Do you not see
That you live in a dream
Hey
What's on your mind?
When you're lost in time
What's on your mind?
Tell me why
Why does it have to be this way?"

What's on your mind?, Madrugada

'Uma ao fim de semana' é a rubrica d'O Quinto Andar da qual consta uma musica que se ajusta, por uma razão ou por outra, ao estado de espírito da minha pessoa nesse momento. Sugestões são bem-vindas (embora sujeitas a apreciação). Podem enviá-las para lp.going.80s@gmail.com.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Optimus Alive 2012

O que me levou lá já vocês sabem, mas, para além disso, parece-me justo partilhar mais uma ou outra coisita do que vi.
Não sendo eu uma pessoa de festivais (prefiro concertos em nome individual), não desgostei do Optimus, no geral. Tudo organização, muito funcional e a qualidade das bandas fez o resto, claro.
Apreciei especialmente Noah and the Whale (confirmei que os miúdos valem a pena), a prestação deles ao vivo foi uma mais valia. Lamentei a ausência da Florence, é um facto, mas os Morcheeba fizeram por agradar e conseguiram. A grande revelação, para mim, foram The Antlers. Adrenalina do princípio ao fim! Comecei por espreitar, assim como quem não quer a coisa, e acabei por ficar coladinha ao chão logo aos primeiros acordes (que é como quem diz, não arredei pé até ao finalzinho).
Basicamente, saí daquele recinto com a alma renovada.


Noah and the Whale
Noah and the Whale
Noah and the Whale
The Antlers
The Antlers
The Antlers
The Antlers
The Antlers
Mumford and Sons
Mumford and Sons
Morcheeba
Morcheeba

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Concerto dos Cure no Optimus Alive 2012

Olhem, eu arrepiei-me, eu chorei, ri, dancei, cantei, gritei, eu sei lá... o sonho de uma vida que não podia ter sido realizado de forma mais intensa... ainda agora estou meia lá, meia cá.
Foram três horas da banda em palco numa harmonia com o público assinalável. Aquele início em que se ouviram os sinos da "Plainsong" deixou-me logo sem defesas (e eu levava algumas). Seguiu-se a "Pictures of you"... e, sobre esta, mais não digo. Devorei cada nota que ouvi, é um facto, mas destaco outro momento que me transportou para certos lugares e que começou assim: "Kiss me goodbye...". É! "The same deep water as you" fez parte da banda sonora deste sonho sem tamanho.
Os The Cure estão excelentes em palco, e o Robert foi um mestre naquela guitarra (a tal com o registo "2012: citizens not subjects"), e na forma como só ele sabe interpretar aquelas letras. A empatia com o público foi incomensurável! Uma cumplicidade imensa, mesmo. Percebi, por uma ou outra vez, que até parava de tocar e desatava a dançar daquela maneira cutchi que só ele sabe, de braços no ar, como se estivesse a "curtir" ao nosso lado, como se fosse um de "nós". E o sorriso que esboçava sempre que se dirigia ao público, algo tímido, sincero...
Mas a minha aventura com estes senhores começou ainda antes de subirem ao palco. Estive a conversar durante algum tempo com o Roger e o Jason (nem acredito que vos estou a contar isto!). Estavam ao meu lado, no público, assistíamos a outra banda. Reconheci-os e, claro, não pude deixar de dizer um olá e de lhes agradecer o tanto que contribuíram para que a minha vida fosse mais bonita. Uns senhores! E, ao mesmo tempo, de uma simplicidade marcante. Daquela que só as pessoas realmente "grandes" sabem ter. Fizeram-me perguntas, fiz perguntas, sorrimos juntos, Por motivos comuns. Inesquecível!
Incrível tudo o que aconteceu! Como aconteceu. Acho que não podia mesmo pedir mais. Bem, quer dizer, talvez um xi-coração grande ao Robert... mas vê-lo tão em sintonia connosco, a dançar, a sorrir daquele jeitinho só dele, e dizer-nos daquela forma bem-humorada de já-não-dá-para-outro-encore-mas-eu-adorei-vos: "and that's it! That has to be it!", também já foi muito bom.
Já li vários artigos e comentários de senhores "entendidos" nestas andanças da musica e, com uns concordei, com outros nem tanto (nem tenho de o fazer). Digo-vos apenas que este texto é assumidamente tendencioso, na medida em que foi escrito por alguém que traz esta banda no coração há anos. E o "meu" concerto foi assim.









Roger O'Donnell, memyselfandi, Jason Cooper 











quinta-feira, 5 de julho de 2012

Concerto dos Echo and the Bunnymen

Estas coisas mexem comigo.
Um concerto é um concerto, mas eu nunca conseguiria olhar para O concerto dos Echo and the Bunnymen  apenas como mais um. Muitas luas a tê-los como companhia. Muitos anos disto e disto (que não houve no concerto) e depois disto (que houve), e de muitos outros momentos-qualidade... (oh god! acho que vou deprimir...). Até o lugar onde decorreu a atuação parecia ter sido escolhido a preceito para quem, como eu, levava as expectativas altas e ansiava por uma envolvência especial. Por um momento-tesourinho, portanto. E foi muito bom ter chegado ao recinto e perceber que estavam criadas as condições para que assim fosse. O lugar do concerto era realmente bonito e,  inundado pelas melodias e pela voz do Ian, ainda tão digna de se fazer ouvir, passou de bonito a excecional. Cutchi, portanto.








PS - senti muito frio.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

quinta-feira, 21 de junho de 2012

150+30

150 minutos+30 de tolerância, e mais uma mão cheia de ansiedade. desta vez,  Matemática  A, 12º. limpavam as palmas das mãos transpiradas às calças, a maior parte, e respiraram fundo, preparando-se para o 'vamos a isto!'. a ansiedade foi desvanecendo para dar lugar à pressa, que deu lugar a uma tarefa cumprida. em menos de nada (diziam alguns)! no final, cansaço e alívio acompanhados de 'boas férias' e um sorriso cúmplice. 150+30 superados, mais uma vez.


boas férias a todos!

(para eles*, um coração daqueles muito, mas muito vivo! voltem sempre!)

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Desisto, pronto!


 Não adianta! Eu não consigo fazer com que o meu saco de praia se torne mais leve. Já fiz listas e tentei excluir o que poderia não ser 'essencial' à coisa, já espalhei tudo em cima de uma mesa na esperança de que algo se tornasse a meus olhos perfeitamente dispensável, enfim! Dou-me por vencida. Chega a hora de sair e tudo me parece essencial. O 'nunca se sabe' e o 'mais vale prevenir' têm argumentos muito poderosos e o saco não há meio de ficar mais leve. Uma vez pensei em deixar o batom/protetor/hidratante dos lábios, por exemplo (o ridículo disto). Colocava antes de sair de casa e bastava. Claro que a seguir pensei 'mas o que é que pesa um batom?'. De forma que lá continua. O sarilho é que eu acabo por fazer um raciocínio semelhante com os objetos de tamanho e peso consideráveis, também. Logo, desisto, pronto. O grave disto tudo é que o saco que tenho agora (e que é o mesmo do verão passado), já me começa a parecer pequeno. 
Da próxima vez que me queixar de dores nas costas, vou fazer-me a mim própria um olhar de censura daqueles em que parece que ralhamos às pessoas só porque o fazemos, está decidido! 

domingo, 17 de junho de 2012

Gosto de óculos escuros

vivo numa zona do país  onde o uso de óculos escuros se justifica durante o ano inteiro. pela intensidade da luz do sol, pelo branco das paredes. habituei-me a eles e acabei por me tornar dependente. com o tempo, aquilo que para muitos é um acessório, transformou-se numa espécie de prolongamento da minha pessoa. chego a ter a sensação de me sentir algo despida quando não os tenho comigo. são mais do que um acessório. são cúmplices de emoções, nas emoções. melhor, guardam comigo aqueles segredos que só os olhos conseguem transmitir, e calamo-los juntos.


gosto de óculos escuros.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

eu também!

"Desde que acordei até à hora do almoço tive um dia mais ou menos cinzento. Andei sozinho pela cidade à  procura de nada, a olhar para algumas montras tristes. Acabei por tomar um café sem sabor numa pastelaria da baixa e voltar para casa sem vontade de fazer o almoço. Foi uma manhã sem gosto, pode-se dizer. Não sei porquê.
Gosto de gostar, passe a redundância. Às vezes é como se a vida, infelizmente, não me desse a possibilidade de gostar de coisas suficientes para ser feliz. Pelo menos é isso que sinto e acho que é essa é a grande arma do facebook: poder gostar de um ror de coisas com um simples click. Abro a página inicial e em dez minutos já gostei mais vezes do que no resto da semana. É uma sensação efémera de prazer, mas ainda assim funciona.
Na verdade, aquilo de que o facebook se apercebeu a tempo é de que todos sofremos um défice no verbo gostar. Por um lado, sentimo-nos permanentemente insatisfeitos com as poucas coisas de que realmente gostamos, por outro, não nos chega a quantidade de vezes de que somos gostados. O facebook tornou o verbo gostar uma questão administrativa. Até podemos estar a mentir, mas fica lá carimbado que gostamos de qualquer coisa.
Não estou a dizer mal do facebook. Hoje, por exemplo, já gostei de uma mão cheia de coisas de que já nem lembro quais foram, tudo para compensar a falta de coisas que tive para gostar de manhã. Soube-me bem gostar delas, assim como me soube bem saber que há mais pessoas que ficaram a saber que eu gostei. Gostei disso, pronto. Às vezes é o que se tem. Mais nada.
O meu telemóvel tocou há bocadinho. Vi um número que não conhecia e demorei a atender. Era uma mulher muito simpática a representar uma rede de supermercados, a propósito duma reclamação que lá deixei a semana passada. Explicou-me o que se tinha passado e acabou por me dizer que espera que eu lá volte. Que gosta muito de me ter como cliente, concluiu.
Lá está o cabrão do verbo gostar, pensei. Serve para tudo e mais alguma coisa. Fiz imediatamente uma chamada, a quem de direito, para lhe dizer que a Amo. Senti-me melhor. Amar é um luxo, gostar pode ser um lixo. E eu gosto de Amar."


obrigada, Bagaço Amarelo!

domingo, 10 de junho de 2012

sábado

Ontem, embora no fim de semana, não foi um daqueles dias concebidos especialmente para o descanso (aliás, aqui pelo Quinto, raramente o são). O despertador tocou como num dia de semana qualquer e foi um 'despacha-te que vamos chegar atrasados' que nunca mais acabava. O grande dia está cada vez mais próximo e chegar atrasado aos ensaios não era uma possibilidade. "Vai ser na praça, no centro da cidade! Já viste? Tantas pessoas a olhar..." Tranquilizei-o e prometi-lhe que ia ser uma audição espetacular, que tudo ia correr bem e que ele ia brilhar muito. Chegámos a horas (chegamos sempre), e entrou muito convicto na sala de ensaios. Nas duas horas seguintes foram detalhes e detalhes imensos, mas frutíferos. Estávamos a meio do dia, o sol brilhava e a praia sentia a nossa falta. A hora de almoço imperava, mas logo depois pusemo-nos a caminho. Não tardámos a chegar. Apenas saímos do carro e um vento muito pouco afável empurrou-nos de novo para dentro dele. A praia tinha mudado de ideias. Tornou-se necessário pôr em prática um plano B: uma visita à biblioteca! Aos sábados, a biblioteca costuma ter a Hora do Conto e dramatizações de excertos de livros (algumas feitas pelos próprios pais), que resultam sempre bem. Assim foi. A visita não podia ter corrido melhor. As atividades dentro do espaço iam-se sucedendo e, completamente seduzidos pela riqueza cultural daquele lugar (tenho um verdadeiro fascínio por bibliotecas, não sei se já tinha dito), saímos de lá os dois muito bem apetrechados. Eu vim equipada com o Livro do Mês "A ascensão do dinheiro", de Nial Ferguson, (a biblioteca tem uma sugestão nova todos os meses) e o meu rebento com "O pequeno livro dos medos", de Sérgio Godinho. O dia chegava ao fim; a hora de regresso a casa foi a mesma de um dia de semana; a atitude não tinha nada a ver! O trabalho de equipa continuou, (ficámos orgulhosos dos nossos dotes culinários) e o jantar foi merecido. Não houve tempo para muito mais, mas é claro que não pudemos deixar de, pelo menos, provar um bocadinho do conteúdo do aglomerado de folhas de papel que tínhamos trazido da biblioteca e que tinham escrito nelas sabe-se lá que universos por descobrir!

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Mais do que palavras... XXVII

Já não sei escrever
Sou arca vazia
O que fazer
Os versos fogem, quem diria

Nos dedos trémulos
Pendura-se a caneta
Murmura que não escreve, está gasta
Recusa-se por entre anelos
Que nada mais são
Que a mortalha do poeta
Mas que porra esta
Já não sei escrever, escrever até mais não

(Já não sei escrever, Antónia Ruivo)

segunda-feira, 28 de maio de 2012

diário - 28/05/12








"If you're alone and you're feeling blue,
Everyone in Persia probably feels like that too.
I just hope they don't believe like you do."

(The Church)

domingo, 13 de maio de 2012

Uma ao fim de semana (15)




I don't know why it is you scare me
I don't know why I feel afraid
When you're around I feel uncertain
And lose sight of the plans I made

You've got the nerve to be demanding
When you have nothing to begin
And though you say your door is never
open to the world
I envy those who you let in

Little girl lost
Little girl lost
Little girl lost
Lost little girl

The boys in town could do without you
Your mother's not sure who you are
And in the darkness I will hold you
to your word
The only sound a passing car

Little girl lost
Little girl lost
Little girl lost
Lost little girl

Little girl lost
Little girl lost
Little girl lost
Lost little girl

Little girl

When you run for shelter
Yu don't feel the pain
You don't agree with all the good things
As they are around you

I believe today may be
The first time I've
Regarded you
with more and more
Passing admiration.

Little girl lost
Little girl lost
Little girl lost
Lost little girl

Little Girl Lost, Icicle Works

'Uma ao fim de semana' é a rubrica d'O Quinto Andar da qual consta uma musica que se ajusta, por uma razão ou por outra, ao estado de espírito da minha pessoa nesse momento. Sugestões são bem-vindas (embora sujeitas a apreciação). Podem enviá-las para lp.going.80s@gmail.com.