quarta-feira, 1 de julho de 2009

Doce inconsciência

É madrugada.
Sem sono.
Várias já, as tentativas de o alcançar, mas insiste em fugir-me.
Em fugir de mim.

Hoje, nem as palavras de Lídia Jorge me conseguem apaziguar o espírito ao ponto de me envolverem num doce esquecimento do mundo.
Digo doce, porque por vezes é doce o sabor da apatia, da inconsciência, da ignorância, da paz, da inocência que nos trás o sono.
É mais doce ainda, se, em contraste com algum sabor amargo que em consciência teima em não desaparecer.
Teima ainda em não chegar.
Procuro.
Não encontro.
Não encontro mais nada, não apenas o sono.
Insiste em fugir-me.
Em fugir de mim.
Doce inconsciência...

1 comentário:

PSEUDÓMINO disse...

Quem me dera a mim que, durante as longas horas de insónia que me atacam eu tivesse um pingo da tua inspiração para exprimir o meu sentimento de cansaço e desconforto nocturno.

Vale-me por vezes o pequeno ecrã que, aos poucos me leva novamente ao mundo dos sonhos.