Há quem diga que são rosas,
Mas não são.
Não há rosas andrajosas,
Em botão.
Imagem mesmo que fosse,
Não servia.
O amargo não é doce,
Nem sequer na fantasia.
Chamem-lhes pois pelo nome,
Pelo seu nome infeliz
De seres humanos com fome
Na raiz.
Miguel Torga
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