Um dia destes fiz um bolo e esqueci-me de verificar a temperatura do forno antes de o lá colocar. Quando fui ver, uma das partes estava um pouco queimada. Era para a festa de Carnaval do meu filho na escola. Chato, observei. Opções: tentar comprar um em qualquer lugar ou comprar os ingredientes e fazer outro. Em qualquer dos casos seria necessário sair de casa outra vez. Estranho, pensei, não me apetece mesmo nada sair de casa agora. Lá acabei por sair, tinha de o fazer. Optei por comprar os ingredientes. Meti mãos à obra. Problem solved!
Fiquei a matutar no que me custou aquele abrir a porta e passar. Por alguma razão o exterior me pareceu mais frio do que o habitual. Percebi depois que há momentos em que precisamos mais do abrigo do nosso espaço. Pela protecção que nos dá. Porque há certas alturas em que se torna essencial a sensação do familiar. Lá fora, quando somos só nós, às vezes, a solidão parece tomar novas dimensões perante a apatia do(s) desconhecido(s). E não me apetecia mesmo nada caminhar para ela.
6 comentários:
É bom saber que não somos os únicos a sentir assim em algumas ocasiões...:)
Caminhar para ela quando não apetece, é, realmente, de evitar.
Faço-o sempre que posso =)
Acho que todos temos ocasiões em que nos custa sair do nosso "ninho". Se estivermos numa daquelas fases de carência, então, sabe mesmo bem agarrarmo-nos ao nosso ursinho... =)
Helena, cápara mim até somos muitos... =)
Valter, pois... se não apetece...
FLR, tu andas a espiar-me, andas, andas =)))
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