domingo, 27 de março de 2011

Sem ti fico só eu

Faltam já poucas horas e o meu mundo fica repleto de ti! O silêncio volta a não ter uma voz severa e o calor das cores regressa aos cenários em meu redor. O meu norte voltará. O meu equilíbrio que és sempre tu  vai de novo instalar-se e aninhar-se comigo num abraço até ao adormecer e depois perder-se de novo. E de novo hás-de vir e voltar e regressar muito mais do que partir.
Deixa-me ser egoísta e desejar que nunca vás.
Sem ti fico sem chão.
Sem ti fico só eu.

sábado, 26 de março de 2011

quinta-feira, 24 de março de 2011

Build

Clambering men in big bad boots
Dug up my den, dug up my roots
Treated us like plasticine town
They built us up and knocked us down
From meccano to legoland
Here they come with a brick in their hand
Men with heads filled up with sand
It’s build

It’s build a house where we can stay
Add a new bit everyday
It’s build a road for us to cross
Build us lots and lots and lots and lots and lots

Whistling men in yellow vans
They can and drew us diagrams
Showed us how it all worked it out
And wrote it down in case of doubt

Slow, slow, quick, quick, quick
It’s wall to wall and brick to brick
They work so fast it makes you sick
It’s build

It’s build a house where we can stay
Add a new bit everyday
It’s build a road for us to cross
Build us lots and lots and lots and lots and lots

It’s build

Down with sticks and up with bricks
In with boots and up with roots
It’s in with suits and new recruits
It’s build

terça-feira, 22 de março de 2011

Construir

a) edificar, erigir, criar

b) Construir algo.
    No verbo construir denota o desejo de criar algo que parte do desejo.
    Dar estrutura, edificar, fabricar.
    Fazer construções.

c) verbo transitivo
    1. edificar ou fabricar com materiais diversos e de acordo com um plano ou estrutura; erigir
    2. reunir e dispor metodicamente (as partes de um todo); organizar; compor; elaborar; formar
    3. arquitectar
    4. traçar figuras segundo os princípios geométricos
    5. GRAMÁTICA dispor as palavras (de uma frase) segundo as regras da sintaxe
       (Do lat. construère, «construir»)
inFormal, thefreedictionary, infopédia


*Gosto mesmo muito da palavra 'construir'! Sabe-me bem dizê-la. Alimenta-me a alma.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Abençoado Sol!

O Sol hoje brilha com uma intensidade excepcional! Lembra-me o brilho que vi nele há algumas semanas atrás e que contribuiu enormemente para que também a minha alma brilhasse. Mais do que ver esse brilho, senti-o em mim. Sentir um brilho excepcional em nós não é algo que sucede todos os dias e nem todos terão a oportunidade (ou capacidade) de o sentir. Sentimos-lhe é muito a falta quando a intensidade vai diminuindo, embora tenhamos consciência que lhe damos o tal valor especial justamente porque não brilha sempre.
Talvez o Sol seja como muito do que há em nós. Talvez cá dentro tenhamos ocasiões em que uma luz transborda tão preciosa e outras em que a luz adormece tal como a chama de uma vela que, por não enxergarmos de tão estática que está, acreditamos que já não arde, apenas para mais tarde constatar que nunca se extinguiu.  Extinguir-se-á, eventualmente, mas se pudermos alimentar a chama de forma a que brilhe cheia de vontade até à sua extinção, a sua Luz poderá contagiar-nos e proporcionar-nos um brilhar excepcional enquanto dure.
Abençoado Sol!

quarta-feira, 16 de março de 2011

Devia haver um alarme...

...que avisasse as pessoas sempre que estão prestes a magoar alguém. E terem uns minutinhos para pensar se realmente o querem fazer ou não. Talvez evitasse alguma dor. Alguma poderia fazer toda a diferença.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Mimo

gesto de carinho: afago gesto carinhoso de mimar alguém;
(InFormal)

1. Condescendência carinhosa com que se trata a outrem. = delicadeza, meiguice ≠ aspereza, dureza
2. Excesso de benevolência ou de condescendência no tratamento de alguém, especialmente de criança.
3. Gesto carinhoso. = blandícia, regalo
4. Objecto, geralmente pequeno e delicado, que se oferece. = oferta, prenda, presente
5. Grande qualidade. = primor
6. Coisa bonita ou harmoniosa. = primor
(Priberam)

Coisa delicada que se dá ou se oferece; presente
afago, carinho
primor, delicadeza, gentileza
pessoa ou coisa graciosa, encantadora
(wikcionário)

Ser um mundo

Pode gostar-se mais de uma pessoa pessoa do que outra apenas um bocadinho. No entanto, pensar que ela é como mais ninguém, isola-a de todos os outros. É como mais ninguém.
Amá-la como a mais ninguém torna-a incomparável. Logo, não gosto nem mais nem menos do que quem quer que seja. Só existe ela. Ela é o mundo, porque essa é uma das definições intrínsecas do Amor: ser o mundo.
É por isso que o Amor também é uma guerra ou, se quiserem, um continuado campo de batalha. Os mundos conquistam-se palmo a palmo, trincheira a trincheira. Essa é a História do Mundo e também a História do Amor.
Um amante passa a vida em guerra, disputando um olhar ou um minuto de atenção desse mundo com todas as armas de que dispõe. Às vezes um olhar, outras vezes palavras, outras ainda o próprio corpo. É uma guerra sem tréguas em que às vezes se é certeiro, outras vezes nem por isso. Eu, como um soldado de quase quarenta anos, já dei alguns tiros no pé. Perdi terreno e voltei a conquistá-lo de novo. Teve que ser. Tem sempre que ser.



Bagaço Amarelo

terça-feira, 8 de março de 2011

Crowded loneliness

Um dia destes fiz um bolo e esqueci-me de verificar a temperatura do forno antes de o lá colocar. Quando fui ver, uma das partes estava um pouco queimada. Era para a festa de Carnaval do meu filho na escola. Chato, observei. Opções: tentar comprar um em qualquer lugar ou comprar os ingredientes e fazer outro. Em qualquer dos casos seria necessário sair de casa outra vez. Estranho, pensei, não me apetece mesmo nada sair de casa agora.  Lá acabei por sair, tinha de o fazer. Optei por comprar os ingredientes. Meti mãos à obra. Problem solved!
Fiquei a matutar no que me custou aquele abrir a porta e passar. Por alguma razão o exterior me pareceu mais frio do que o habitual. Percebi depois que há momentos em que precisamos mais do abrigo do nosso espaço. Pela protecção que nos dá.  Porque há certas alturas em que se torna essencial a sensação do familiar. Lá fora, quando somos só nós, às vezes, a solidão parece tomar novas dimensões perante a apatia do(s) desconhecido(s).  E não me apetecia mesmo nada caminhar para ela.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Mais do que palavras... XX


So are you to my thoughts as food to life,
Or as sweet-season'd showers are to the ground;
And for the peace of you I hold such strife
As 'twixt a miser and his wealth is found.
Now proud as an enjoyer, and anon
Doubting the filching age will steal his treasure;
Now counting best to be with you alone,
Then better'd that the world may see my pleasure:
Sometime all full with feasting on your sight,
And by and by clean starved for a look;
Possessing or pursuing no delight
Save what is had, or must from you be took.
Thus do I pine and surfeit day by day,
Or gluttoning on all, or all away.

Shakespeare

domingo, 6 de março de 2011

Lena D'Água e La Plante Mutante

Simpática é o adjectivo que me ocorre quando penso na noite de Sábado de Carnaval que tive. Não por ter sido de Carnaval, mas porque houve a oportunidade de assistir a um espectáculo muito agradável e francamente divertido, proporcionado pela banda La Plante Mutante, que teve um momento muito alto quando a nossa menina de ouro dos anos 80, Lena D'Água, subiu ao palco.
É verdade. A Lena continua por aí a proporcionar momentos musicais bem saborosos a quem se predispuser a desfrutá-los com ela. Cheguei a pensar, antes de ter assistido à interpretação, se ver uma actuação da Lena nesta altura não mudaria em mim a imagem que guardo dela. Já tinha assistido a algumas prestações suas na televisão e o que passou para cá não ia de encontro à Lena D'Água que gosto de recordar. Foi com muito agrado que a vi, ontem, brilhar com prestações de qualidade através da interpretação de temas tão conhecidos de todos nós: Dou-te um doce, Sempre que o amor me quiser e o sempre empolgante Demagogia. Pessoalmente, apreciei bastante o seu desempenho no tema No fundo dos teus olhos de água (foi até uma surpresa, acho que ninguém estava à espera, mas muito bem recebido pelo público).
A Lena continua a dar uma interpretação muito sua às musicas, a sua voz não decepcionou ninguém  e mantém o ar de miúda gira. Não há como verem as imagens para ficarem com uma ideia.























sábado, 5 de março de 2011

Máscaras e máscaras

- Estou mesmo contente por ir mascarado de Zorro este ano! Obrigado!
- Sim? Ainda bem! Mas porquê todo esse entusiasmo com o Zorro?
- Porque o Zorro é dos bons.
- O Ruca e o Noddy também eram bons.
- Mas no Zorro há maus e ele dá cabo deles.
- Humm. Interessante...
- E também já tem uma namorada! (diz o meu filho de 6 anos com um sorriso de orelha a orelha e um olhito a brilhar perante uma mãe perplexa que não pára de o fitar)

sexta-feira, 4 de março de 2011

Um momento nunca é só um momento

Há coisas que vale mesmo a pena viver. Digo isto como quem diz que quem não as vive, ou não passa por elas, não terá tido nunca a oportunidade de sentir a riqueza que alguns momentos proporcionam. Sei agora que momento nenhum tem que ser vivido apenas em determinada idade. Muito sinceramente, cada vez mais acredito que há episódios da vida que são muito mais apreciados e aos quais damos mais valor se vividos numa altura em que já desenvolvemos uma maturidade, uma sensibilidade, que nos permite admitir sem falsos pudores como a vivência de um momento nos pode transformar, melhorar, ajudar-nos a (re)descobrir um lado em nós (se calhar o mais bonito que temos) que, estando lá, o era sem consciência.
Serão momentos, apenas. Foram um tempo. Mas "momentos, apenas" é algo que não existe. Um momento acontece num determinado período de tempo, sim, mas os momentos que depois passamos a relembrá-lo recuperam o momento em outros momentos que podem acontecer vezes e vezes e vezes.
Um momento nunca é só um momento.
E poderá até ser "o" momento.

quarta-feira, 2 de março de 2011

02/03/2011

Hoje quis ser como tu

Não foi hoje a primeira vez que te vi mas foi nesta data que percebi ambicionar ser como tu.
Talvez te tenha olhado com vistas diferentes ou necessidades distintas, não tenho a certeza, o que realmente importa é que te olhei e quis ser tu.
Sossega que não quero roubar-te a identidade, tu tens por certo a tua história de vida, não sei se longa ou curta, e essa ninguém te pode roubar. A minha nunca a achei.
Tens também o teu grupo de amigos, estás rodeada por eles, partes com eles e com eles voltas. A este e a muitos outros lugares. Eu estou quase sozinho e contento-me em olhar-vos e em apreciar os vossos gestos de camaradagem e cumplicidade.
Eu também tenho amigos fiéis, dois, o papel e a caneta, mas eles nunca me levam a lugar algum, tenho eu de os carregar se quero companhia.
A eles confesso todos os meus pecados e mágoas e também eles são meus cúmplices. Um serve-me de ferramenta para que no outro deixe gravadas as minhas reflexões.
Mas hoje olhei-te e quis ser tu que não usas canetas nem papeis, que não tens eira nem beira, nem desesperos nem consumições. Não tens o que eu tenho e por isso és mais feliz.
Gaivota, hoje eu quis deixar de ser eu e partir contigo para onde tu fores.
Gaivota, hoje eu quis ser tu, simplesmente para ter asas e poder voar.

Nelson Ferreira