Enquanto lêem, podem sempre ouvir a musica na barra que está por baixo do poema. Faz sentido, não acham?Lágrimas Ocultas
Se me ponho a cismar em outras eras
Em que rí e cantei, em que era querida,
Parece-me que foi outras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...
E a minha triste boca dolorida
Que dantes tinha o rir das primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!
E fico, pensativa, olhando o vago...
Toma a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim...
E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!
(Florbela Espanca)
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2 comentários:
o problema é que a meio do poema sou invadido pelas sirenes e os pirilampos azuis e vermelhos dos carros da policia...
Sim. Mas até isso trás uma certa nostalgia...
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