Acho que já estou pronta para ir "harmonizar" para o Alentejo outra vez. Embora ainda nem meia dúzia de dias tenham passado sobre o meu regresso, agradecia hoje mais uns dias assim. Talvez porque estão a acabar as férias. Talvez porque, às vezes, o que pensámos que iríamos conseguir depois de renovadas as energias no meio de tanta harmonia, para lutar com mais força pelo que nos é normalmente difícil de conseguir, não foi o suficiente, não correspondeu ao nosso esforço e mais energias são necessárias para continuar.
É interessante, sempre que há alguma mudança, que se renova um ciclo, aparentemente, desenha-se perante nós um cenário que parece, todo ele, renovado, também. Perspectivamos melhorias, principalmente no que está menos bem no nosso universo, claro. Só que há vezes em que as melhorias tardam a acontecer. Ou nem acontecem.
Então, à primeira contrariedade ainda conseguimos olhar para o lado, contornamos e seguimos. À segunda, já respiramos fundo, mas olhamo-nos ao espelho, colocamos o cabelo para trás e "mundo cá vou eu, mais uma vez". À terceira, já apetece baixar os braços e olhar para o chão. E o que isso custa, meu Deus! As expectativas que criámos, o optimismo que teimámos em manter, o sorriso que não queríamos deixar morrer. Aceitarmos, finalmente, que há coisas que não podemos. Que há batalhas que não nos permitem ganhar sozinhos. Que tudo em nosso redor faz questão de que abdiquemos do objecto da nossa luta.
Quero muito negar, recusar-me a aceitar, mas, às vezes, sinto-me tão cansada!