Um casal de amigos dos tempos da universidade convidou-me para jantar com eles há uns tempos atrás. Sempre gostei bastante das nossas longas conversas pela noite fora, sobre os mais variados assuntos. Partilham a vida há alguns anos, já, e não foi a primeira vez que passei lá pelo "ninho". Entrar lá é muito agradável. É um lugar que revela bom gosto, onde pormenores foram tidos em conta. Passa por um sofá vermelho ao lado de um tapete que dá pena pisar. O tecto tem encaixadas pequenas lâmpadas por ele distribuídas de igual forma. São daquelas cuja intensidade pode ser regulada. Nunca a sua luminosidade está muito ou pouco intensa. Tudo está muito certinho, sempre. Nada fora do lugar. Do mais "fashion"! Contudo, sempre que saio de lá trago comigo uma sensação meio esquisita... é como se estar lá me fizesse ficar com saudades da minha casa. Estranho, pensei eu, pois quando entro em minha casa vejo sempre algo fora do lugar. Na minha casa há "cenas" coladas na porta do frigorífico, listas de coisas para fazer, fotos, contas, desenhos do meu filho, eu sei lá! Na minha casa, há brinquedos na banheira. Na minha casa, há casacos no bengaleiro. Há uma mantinha no sofá.
Quando regressei da casa dos meus amigos e entrei na minha casa percebi o que tinha sentido. Na minha casa vivem pessoas. Ela é visitada por pessoas que se sentem em casa quando lá estão. A minha casa tem a minha alma. A vida de quem lá vive. A minha casa não é uma montra e é, mesmo assim, a mais linda de todas.
7 comentários:
a nossa casa é o nosso castelo : )
MÓNICA, para nós, pelo menos...
Beijinho.
concordo, mesmo desarrumada! a minha tem 4 mantas nos sofás, é uma farturinha!!!
CELESTE, :D
Oi!Olha que tens razão. Há casas giras que não passam de montras. Parece que nem são habitadas...
Bj.
Eu acho que na minha nem querias entrar... tal é o aspecto de "habitada" que tem.
Bj.
FLR, ainda bem que concordamos :)
Jt
VALTER, queria, sim :)
Jt
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