Na correria que é esta vida rotineira em muitas "selvas de pedra" por aí fora, os gestos simpáticos vão escasseando.
Eu sou uma apreciadora de gestos simpáticos e quando presencio algum (ou alguém tem um para comigo), they simply make my day.
Uma vez, li num pequeno texto de um manual de português de escola primária que, dizer um "obrigado" ou um "por favor", era como oferecer uma flor. Não mais esqueci esta frase.
Os gestos simpáticos nem sequer têm que ser dentro dos "obrigado" ou "por favor". Podem ser um piscar de olho de algum condutor apressado a quem se cedeu passagem; pode ser uma festinha na cabeça de uma criança; pode ser um elogio espontâneo e genuíno de quem nada espera em troca; pode ser uma mensagem de alguém com quem não estamos há muito tempo apenas para nos recordar que continuamos a morar no seu coração.
Numa bela terra deste país à beira mar plantado, teve lugar uma iniciativa do mais simpático que pode haver. Por entre a multidão das ruas, deambulavam pessoas que tinham na cara sorrisos rasgados de orelha-a-orelha e usavam t-shirts que exibiam a frase "Abraços grátis". Ora, existe lá gesto mais simpático do que este abraçar, apenas pelo bem que faz (e sabe) abraçar? E era abraços que nunca mais acabavam... parecia que o mundo inteiro precisava de um abraço.
De vez em quando, alguém tem o cuidado de me presentear com um gesto simpático.
O meu bouquet não é, de facto, muito grande, mas as flores que o compõem são as mais belas e raras que se podem encontrar.