“A espantosa realidade das coisas é a minha descoberta de todos os dias” – Alberto Caeiro
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
Um nunca mais que continua
Nunca mais foi a mesma coisa. E este "nunca mais" traz associada a ele uma carga demasiado fatalista que não me apetece. Os fatalismos assustam-me. Tudo o que é definitivo, radical, fundamentalista me assusta. O tomar consciência de que algo é definitivamente assim e imutável é demasiadamente castrador. Há circunstâncias em que preciso de acreditar que há alguma coisa que se pode fazer, ou que vai mudar, simplesmente porque aceitá-"lo" é abdicar, é um deixar ir e não valorizar. É um não querer mais porque já se acabou. Sim, eu sei que há coisas que não dependem de nós. Mas há outras que dependem. Mesmo que seja um simples acreditar. Como me disse uma vez em conversa um grande amigo, ainda que o nosso acreditar para os outros não seja nada, precisamos dele para o nosso próprio equilíbrio. Por isso, nunca mais foi a mesma coisa, neste caso, quer apenas dizer que a coisa pode continuar, apesar do nunca mais.
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2 comentários:
Nunca mais é muito tempo. Se acreditas que alguma coisa podes fazer, então faz!
Temos sempre que acreditar em alguma coisa. Não poderia ser de outra forma. Não vejo nada de estranho nisso. Força!
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