terça-feira, 15 de novembro de 2011

Concerto dos Scorpions por Zaira Wardrope

Em finais dos anos 80, recebi, como prenda de anos, um LP de uma banda alemã, que eu nunca tinha ouvido falar e pensei: alemães a cantar em inglês? Deve ser anedota..... mas a ultima faixa do LP (“Love at First Sting”) deixou-me espantada, porque era uma balada muito, muito boa, “I’m still loving you”. Tinha uma ou outra musica boa, “Rock you like a Hurricane” e “Big City Nights”, mas não, esta banda de “heavy metal” não me surpreendeu e fiquei-me por ali no que diz respeito aos Scorpions.
Em finais de 1990 os Scorpions passam por mim novamente... uma amiga com quem eu partilhava o transporte para o trabalho tinha comprado o “Crazy World” e durante uma semana inteira foi a musica que ouvi. Mas desta vez não me fartei deles, “Wind of Change”  e “Send me an Angel” são as que me ficaram na memória... A “Wind of Change” teve um significado especial porque estávamos ainda a celebrar a queda do Muro de Berlim no ano anterior.
Quase que os fui ver ao Convento do Beato em 2001 (não me lembro porque não fui),  mas assim que saiu o CD “Acoustica”, gravado nesse concerto, comprei-o logo.  E ainda hoje o ouço no carro.  Me perdoem os fãs de Freddy Mercury (eu incluída) mas o cover de Klaus Meine do “Love of my Life” neste concerto é de arrepiar!!!
Na passada 6ª feira, 11-11-11, tive o privilégio de os ver ao vivo no Pavilhão Atlântico, naquela que eles dizem ser a última tour antes da reforma, a “Get Your Sting and Blackout Tour”... e mesmo estando o som longe de ser perfeito, foi uma experiência única. Nunca tinha visto o Pavilhão tão cheio, a abarrotar... Lembrem-se que este grupo de 5 elementos, fundado em 1965 por Rudolf Schenker (um maluco na guitarra) anda nisto há 45 anos com 18 albuns de inéditos e 21 tours, mantendo-se desde mais ou menos o início, o Rudolf, o James Kottak (na bateria) e o Klaus vocalista (mas que voz ainda...).  Admito que levaram um bocado para mobilizar o publico.  Começaram com umas rockadas do ultimo album “Sting in The Tail” e o pessoal, a maior parte quarentão, não estava muito para aí virado.  Mas quando cantaram “Loving You  Sunday Morning” conseguiram a atenção total.  O momento do “Send me an Angel” foi mágico.
Foi um concerto de 2 horas.  Eu estava a ficar desiludida porque acabavam o concerto sem eu ouvir as minhas favoritas, mas deixaram essas para o encore: “Still Loving You” (com os telemóveis a substituir os isqueiros), “Wind of Change, “Rock you Like a Hurricane”, e “When the Smoke is Going Down” do album “Blackout” de 1982, foram uma delícia (senti falta do "You and I", confesso), e aqui sim pude dizer: acabaram em grande estilo.









5 comentários:

memyselfandi disse...

Mais um obrigada viria a calhar e ficaria bem, mas já não te vou agradecer. Vou antes convidar-te a fazeres o próximo também... falta um mês, parece-me... ;). Apreciei imenso a partilha das tuas impressões sobre o concerto no meu (que é já teu, também), modesto espacinho, cara amiga. Conseguiste que me sentisse um bocadinho lá e tudo! Aquela foto do público está fabulosa e passa a tal sensação de adrenalina (o momento deve ter sido uma coisa!). Concordo contigo, sem as musicas que deixaram para o encore, o concerto perderia, me parece...
O resto já sabes... =)
Venha o próximo!

Zaira Wardrope disse...

Foi e será sempre um prazer partilhar o teu cantinho. Sobre o(s) próximo (s) se eu disser "everything I do I do it for you", does it ring a bell? Gostaria também de agradecer á Susana Barata pelos audio-visuais. Quem sabe se para a próxima ela não escreverá o texto? Mais uma vez mil obrigadas por este momentinho maravilhoso Beijinhos :)

memyselfandi disse...

Então não? =))) Um agradecimento à Susana Barata também, então. Beijinhos às duas pela contribuição! =)

FLR disse...

Muito bom! Gostei da descrição e da ilustração. Não fui, mas pelo que vejo aqui, teria valido a pena ir :|

Helena maio disse...

Eu estive no concerto do Convento do Beato. Foi fantástico. Fomos oito amigas... Agora estão todas muito ocupadas com afazeres domésticos e acho que nenhuma de nós foi. Ao ler este post, imagino o que perdi.