quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Yes, we do!


Escrevi este texto há algum tempo e chamei-lhe "Home, Sweet Home". Hoje, apeteceu-me voltar a ele.

Um casal de amigos dos tempos da universidade convidou-me para jantar com eles há uns tempos atrás. Formam um casal interessante e sempre gostei bastante das nossas longas conversas pela noite fora, sobre os mais variados assuntos. Partilham a vida há alguns anos, já, e não foi a primeira vez que passei lá pelo "ninho". Entrar lá é muito agradável. É um lugar que revela bom gosto, onde pormenores foram tidos em conta. Passa por um sofá vermelho ao lado de um tapete que dá pena pisar. O tecto tem encaixadas pequenas lâmpadas por ele distribuídas de igual forma. São daquelas cuja intensidade pode ser regulada. Nunca a sua luminosidade está muito intensa. Tudo está muito certinho, sempre. Nada fora do lugar. Do mais "fashion! Contudo, sempre que saio de lá trago comigo uma sensação meio esquisita... é como se estar lá me fizesse ficar com saudades da minha casa. Estranho, pensei eu, pois quando entro em minha casa vejo sempre algo fora do lugar. Na minha casa há "cenas" coladas na porta do frigorífico, listas de coisas para fazer, fotos, contas, desenhos do meu filho, eu sei lá! Na minha casa, há brinquedos na banheira. Na minha casa, há casacos no bengaleiro. Há uma mantinha no sofá.
Quando regressei da casa dos meus amigos e entrei na minha casa percebi o que tinha sentido. A minha casa é um lar. Nela vivem pessoas. Ela é visitada por pessoas que se sentem em casa quando lá estão. A minha casa tem a minha alma. Tem vida. A minha casa não é uma montra e é, mesmo assim, a mais linda de todas.

2 comentários:

Helena Maio disse...

there is no place like home

NUXA disse...

Lembro-me bem do texto! Bons tempos! Amei a foto! :)