Labirinto ou não Foi Nada Talvez houvesse uma flor aberta na tua mão. Podia ter sido amor, e foi apenas traição. É tão negro o labirinto que vai dar à tua rua ... Ai de mim, que nem pressinto a cor dos ombros da Lua! Talvez houvesse a passagem de uma estrela no teu rosto. Era quase uma viagem: foi apenas um desgosto. É tão negro o labirinto que vai dar à tua rua... Só o fantasma do instinto na cinza do céu flutua. Tens agora a mão fechada; no rosto, nenhum fulgor. Não foi nada, não foi nada: podia ter sido amor. David Mourão-Ferreira, in "À Guitarra e à Viola" |
“A espantosa realidade das coisas é a minha descoberta de todos os dias” – Alberto Caeiro
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Mais do que palavras... XVIII
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