terça-feira, 31 de março de 2009

Números a quanto obrigam

Não é de hoje que a facilidade e rapidez com que são atribuídos níveis de escolaridade a alguns dos cidadãos deste país, me causa uma certa confusão.

Todos têm o direito de aprender, de evoluir, de desenvolver capacidades e conhecimentos, é um facto.

Pergunto é, se as pessoas a quem são validadas as competências que lhes conferem a escolaridade, realmente, aprenderam, evoluíram e desenvolveram capacidades...

É indignação, sim.



3 comentários:

Tita disse...

Eu posso dizer, com conhecimento de causa, que há diferentes situações, por exemplo, no processo de RVCC: há quem nem tenha formação, escreve um portefólio e puff, 12º na mão; há outros que são encaminhados para formação e andam ali arrastar-se sem querer saber daquilo e sem aprender realmente algo que interesse; e também há os que se esforçam e gostam e o processo é, de facto, rentável.
Mas concordo contigo, de nada serve a correria para pôr canudos nas mãos das pessoas; ficamos muito felizes porque somos um país de "letrados"?

Nuxa disse...

Não sei se "nós", os que "marrámos durinho", ficamos felizes... Mas os poderosos ficam. Concordo com o post. Nesta sociedade os números é que contam. Vamos continuar a ver gente muito bem parecida que quando abre a boca para balbuciar alguma coisa é uma desgraça. Que país este!

sonjita disse...

Ora bem, eu que também agora estou ligada a tudo isto da "certificação de competências" e EFA's e tal, vejo que a coisa não é assim tão fácil... mas também não é tão difícil como foi para nós.
Percebo o que é pretendido, pois existem realmente pessoas que a sua experiência de vida quase lhes daria um mestrado... mas como tudo neste país, as excepções não são a regra, e as regras não são iguais para todos...
Bjs