domingo, 12 de junho de 2011

Aos que "passam por mim"

Duas semanas bem penosas passaram. Poucas horas de sono, horários completamente condicionados, limitados e alterados. Refeições em horários anedóticos (quando as houve) e um cansaço que insistia em não me deixar. Trabalho. Muito trabalho. Saberia lindamente dizer-vos que toda esta canseira terminou, mas a próxima semana (ou as duas próximas, se calhar) ainda será assim. Há profissões que em determinadas alturas exigem mais de nós, a minha é uma dessas. E exige mais de mim não apenas pelo tempo que me toma, mas também porque tem uma altura em que um processo algo doloroso tem lugar. É chegado o momento de, mais uma vez, deixar alguém (no caso, muitos "alguéns") partir. E partem vidas da minha vida, que em mim moraram durante alguns meses (ou anos). Muitas semanas. Horas, então... E todos os anos se soltam. É um pouco como quando os grãos de areia nos fogem por entre os dedos, não existe segurá-los. Obviamente que este processo é um excelente sinal para os "alguéns" e tudo isto é necessário, mais, não poderia deixar de o ser, mas nunca me é um processo assim tão pacífico quando alguém passa "por mim" e depois, porque tem que ser, deixa de passar.
Os anos sucedem-se. A história repete-se. Nem por isso o sentimento de alguma nostalgia desaparece ou diminui, apesar disso.

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