quinta-feira, 30 de junho de 2011

Ser ou não ser uma gaja moderna

Às vezes pergunto-me porque não saberei eu ser uma gaja moderna em vez desta personagem que mais parece saída de um romance da Jane Austen. Depois penso que a Jane Austen era uma mulher muito inteligente que criava personagens cheias de significado. E, se calhar, mais vale ter significado do que ser moderna. Digo eu.

Não me encontro num momento de grande coerência... (acho).

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Sonhar um sonho

No início deste ano, apanhei o 703 e fui em direcção ao país dos sonhos. Parou mesmo à minha frente e abriu as portas enormes como quem convida a entrar. Subi sem hesitar. Parecia saber dos meus sonhos e para onde me levar, exactamente. E lá estava ele à minha espera, o sonho! Foi um sonho ainda melhor por ser sonhado com mais alguém. Era um sonho partilhado. São os melhores!
Ontem descobri que o sonho foi partilhado, mas foi só meu. Talvez haja poucas coisas menos tristes na vida, do que descobrirmos que vivemos um sonho partilhado que, afinal, era só nosso. Há que aceitá-lo. Não se cobra o sonhar um sonho.
E então pensamos que já devíamos saber que temos idade para ter juízo.
Ainda assim, é f*****.

sábado, 25 de junho de 2011

Momentos tesourinho*

Ando numa especie de maratona de leitura da obra de Pedro Paixão, como talvez tenham percebido, e tem-se tornado um vício que não consigo largar. Quanto mais leio, mais tenho vontade de ler. E li o primeiro livro que sugeriu o segundo que não pode deixar de levar ao terceiro e por aí fora. Para além dos livros, procuro na net ainda mais escritos do autor e, hoje, descobri um blogue que achei um precioso achado. Chama-se :

helena e pedro

E percebi que se trata de "momentos tesourinho" de tempos que, eventualmente, todos vivemos alguma vez na vida e com os quais, por isso mesmo, talvez, nos identifiquemos. Delicioso! Estará a partir de agora na minha lista de blogues, logo ali ao lado.

O meu querido Pedro e a minha Querida Lena!

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Está-se bem no Algarve!

Um calor difícil de aguentar. Filas enormes nos supermercados. Centros comerciais a abarrotar. Praias lotadas. Um trânsito que não lembra a ninguém. Não há lugares para estacionar.
O Verão chegou ao Algarve.
E com ele a confusão.
Está um pouco como a minha cabeça, neste momento: ferve e a confusão é muita!

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Primeiro dia de férias

Hoje, para além de ser feriado, foi o primeiro dia de férias do meu rebento. Hoje, poderia ter dormido descansadamente até mais tarde. Mas não! Acordou excitadíssimo, exactamente às mesmas horas dos outros dias. E, claro, vai de acordar a mãe. Segundo o próprio, já eram horas. "Horas de quê?", perguntei-lhe eu. "Horas de acordar! Já estou de férias e temos que nos despachar porque temos que ir fazer coisas!". E, naquele momento, tomei consciência de como a palavra férias tem um significado tão diferente quando somos crianças...

"A Tempestade" de Shakespeare

"Nós somos feitos da matéria de que são feitos os sonhos; e a nossa curta vida tem a duração de um sono."
Shakespeare

A famosa peça de William Shakespeare "A Tempestade" esteve em exibição num teatro aqui bem perto de mim e não quis perder a oportunidade de a ver. Sou uma apreciadora de  teatro (e de Shakespeare) e, sempre que posso, lá vou eu (infelizmente não vou tanto quanto gostaria). Já tinha lido qualquer coisa sobre a forma original como a peça iria ser abordada e fiquei curiosa. À primeira vista, o cenário pareceu-me muito bem conseguido e fazia todo o sentido. Os actores faziam-se ouvir perfeitamente, o som estava excelente e eles vestiram a roupagem das personagens de forma muito convincente. Isto, na parte em que na peça se falava em português. Explicando: a partir de um determinado momento, os actores que aparecem em palco para lhe dar continuidade, falam em alemão. Ora bem, rapidamente percebemos o porquê de existir uma espécie de ecrã quase colado ao tecto, exactamente em cima do palco (que em nada favorecia o tal bem conseguido cenário), e para onde era suposto olharmos para lermos as legendas (sim, legendas), e assim compreendermos o que estava a ser dito. O difícil do exercício residiu no facto de ninguém conseguir ler as legendas "tão lá em cima" e, ao mesmo tempo, acompanhar os actores mais cá em baixo. A riqueza da representação (e da obra) perdeu, quanto a mim. Se calhar fui só eu a achar, não sei. Original, sem dúvida, agora...

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Ruiva não diria...

...mas a Belota sabe das coisas!

http://guiadasmulheresparatotos.blogspot.com/2011/06/esta-barba-e-minha.html

=)

Chiça lá para os carrapatos!

Há dois posts atrás, falava eu da nostalgia que se sente quando alguém que fez parte da nossa vida deixa de fazer.
Isto, porque esse alguém nos é querido e, por isso, gostaríamos de o manter por perto sempre. Mas todos sabemos que também existem casos dos outros. Casos em que uma determinada pessoa lá calhou de passar pela nossa vida e nós, a bem da verdade, até agradecíamos que tal facto nunca tivesse acontecido. O curioso disto tudo é que, os que nos ficam no coração, muitas vezes, demoram a dar sinal (como quem diz, sentimos-lhe a falta e mesmo que vão dando notícias parece-nos sempre que demoraram eternidades). Os outros, os tais que lamentamos ter conhecido, parece castigo, aparecem em tudo o que é sítio. É incrível! E por mais que os tentemos manter à margem, fazer questão da distância, lá conseguem arranjar sempre um estratagema para se fazerem notar. Mais! Às vezes até parece que vivem com o propósito.
Tipo pragas, mesmo.
Nem carrapatos.
Chiça!

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Porque para mim também é importante não deixar passar este dia...

...sem lhe prestar alguma homenagem (ou não fosse ele dos meus favoritos), publico aqui a sua última frase (que foi escrita em Inglês):

"I don't know what tomorrow will bring… "
                                                                                                              Fernando Pessoa
mas há-de ser melhor, com certeza!

Obrigada, Carla*

domingo, 12 de junho de 2011

Aos que "passam por mim"

Duas semanas bem penosas passaram. Poucas horas de sono, horários completamente condicionados, limitados e alterados. Refeições em horários anedóticos (quando as houve) e um cansaço que insistia em não me deixar. Trabalho. Muito trabalho. Saberia lindamente dizer-vos que toda esta canseira terminou, mas a próxima semana (ou as duas próximas, se calhar) ainda será assim. Há profissões que em determinadas alturas exigem mais de nós, a minha é uma dessas. E exige mais de mim não apenas pelo tempo que me toma, mas também porque tem uma altura em que um processo algo doloroso tem lugar. É chegado o momento de, mais uma vez, deixar alguém (no caso, muitos "alguéns") partir. E partem vidas da minha vida, que em mim moraram durante alguns meses (ou anos). Muitas semanas. Horas, então... E todos os anos se soltam. É um pouco como quando os grãos de areia nos fogem por entre os dedos, não existe segurá-los. Obviamente que este processo é um excelente sinal para os "alguéns" e tudo isto é necessário, mais, não poderia deixar de o ser, mas nunca me é um processo assim tão pacífico quando alguém passa "por mim" e depois, porque tem que ser, deixa de passar.
Os anos sucedem-se. A história repete-se. Nem por isso o sentimento de alguma nostalgia desaparece ou diminui, apesar disso.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Fernado Pessoa para crianças (e porque o meu filho acha um piadão!)

Toda a gente que tem as mãos frias
Deve metê-las dentro das pias.
Pia número UM,
Para quem mexe as orelhas em jejum.
Pia número DOIS
Para quem bebe bifes de bois.
Pia número TRÊS,
Para quem espirra só meia vez.
Pia número QUATRO,
Para quem manda as ventas ao teatro.
Pia número CINCO,
Para quem come a chave do trinco.
Pia número SEIS,
Para quem se penteia com bolos-reis.
Pia número SETE,
Para quem canta até que o telhado se derrete.
Pia número OITO,
Para quem parte nozes quando é afoito.
Pia número NOVE,
Para quem se parece com uma couve.
Pia número DEZ,
Para quem cola selos nas unhas dos pés.
E, como as mãos já não estão frias,
Tampa nas pias!