quarta-feira, 28 de julho de 2010

Um calor que não se aguenta

De facto! Tem sido um exagero e já bem enfatizado pelo número de incêndios que vão aparecendo pelas nossas serras fora. Gosto do calor e adoro o Verão, mas acho que todos concordamos que o que é demais é exagero. E isto aplica-se a tudo. Esta perspectiva não trás nada de novo, contudo faz-me sentido falar nela quando na vida surge um quadro em que algo semelhante se apresenta. Da mesma forma que o calor não se aguenta, situações há que não se aguentam. E nós suportamos, tentamos, aguentamos. Tal como fazemos com o calor. Dependendo da capacidade de cada um para tal, podemos passar um bom bocado no exagero. A diferença é que o calor acaba por se resolver por si só. O Verão há-de acabar. O exagero que ele traz acaba com ele. Na vida não é assim. Não temos na  linha do tempo algo que nos indique que o exagero vai acabar e resolver-se por si só. Aqui é que tudo se complica. Vamos aguentando estoicamente situações erradas esperando que acabem como por magia. Até um dia. Um dia acordamos e "chega de suportarmos"! Há que fazer algo, tomar decisões, virar a mesa. Só que, como não havia indicação na linha do tempo, pode já ser tarde demais. E tudo o que foi demais, terá sido, sempre, um exagero. Um erro, portanto.

domingo, 18 de julho de 2010

Ninguém é perfeito

Hoje, aproveitei um pouco da tarde para ir dar um spin ao shopping. Passei pelo cinema e recolhi um panfleto, como é hábito, para ver as estreias. Acabei por descobrir por lá um filme de Polanski que me apeteceu muito espreitar. Estava mesmo para comprar o bilhete quando disse a mim mesma, (e como se estivesse a ouvir a voz da minha mãe): "Podes muito bem esperar para ver o filme. Eventualmente, terás que começar a poupar!". Guardei o panfleto dentro da bolsa orgulhosa desta minha decisão de me tornar poupadinha e lá fui eu ver as montras. Saí de lá com um vestido lindo dentro do saco...

Mulher descomplicada, eu?

Existe um grupo no FB, (onde é que eu já ouvi isto?), que dá pelo nome de "Mulheres descomplicadas e de bem com a vida", para o qual já recebi um sem número de convites. Ora, tenho eu resistido a tal adesão por não me identificar com nada em tal afirmação. Como mulher, tenho sérias dúvidas em acreditar que, naquele imenso número de aderentes, não haja uma única que não seja complicada e que nunca esteja de mal com a vida. Eu, de facto, assumo. Sou complicada e nem sempre estou de bem com a vida. Agora que penso nisto, sou bem capaz de arranjar um grupo com este nome. (Risos). Está, portanto, justificada a minha relutância em ver tal "generalização" esparramada no meu FB.

Mais palavras para quê?

Mais do que palavras... XVII


Só te peço...

Só te peço, não venhas tarde demais…
Quando eu já não ouvir o que tens para me dizer,
Quando eu já nem a tua palavra reconhecer,
Quando eu já estiver para te esquecer.

Só te peço, não venhas tarde demais…
Quando eu já estiver a dormir em cima da tua saudade,
Quando eu já não tiver noção da realidade,
Quando para mim já não fores a derradeira verdade…

Só te peço, não venhas tarde demais…
Só te peço, vem agora!
Vem dizer-me tudo o que está certo nesta hora,
Vem dizer-me que o que sinto não se irá embora.
Para quê tanta demora?
Só te peço, não venhas tarde demais…


Renato Machado

domingo, 4 de julho de 2010

Fases da vida

Fase menos-boa. É o nome que dou à fase pela qual estou a passar. Se optarmos por classificar a vida nestes termos, andamos sempre a passar por fases, já repararam? Mas só nos apetece falar em fase quando estamos muito bem ou muito mal. Quando vamos levando parece que não é uma fase. Vai-se levando. Pois, para mim, "ir-se levando" também é uma fase e não é lá grande fase. Para mim viver devia ser estar sempre numa óptima fase. Sim, porque uma fase em que se vai levando, não é viver. É deixar que a vida nos viva. É uma concepção meia utópica, bem sei, mas todos devíamos ter o direito a "óptimas fases" SEMPRE!
Oxalá esta minha fase de "vou levando" passe depressa, pois quero muito uma "óptima fase" (que parece teimar em não chegar), mas hei-de vencê-la... nem que seja pelo cansaço!