Há momentos na minha vida em que tenho a certeza de muita coisa. Outros há, em que não tenho a certeza de nada. Mas os piores momentos são, sem duvida, aqueles em que não sei se são certezas ou incertezas.
Vejamos. Um belo dia, acordo e tudo à minha volta me sorri. Sinto-me segura e confiante. Tenho a certeza de que nada poderia correr melhor. As certezas tornam-me uma pessoa melhor.
Um dia (não tão belo como o anterior), acordo e na minha cabeça vão-se abrindo janelas (tal e qual como num ecrã de computador), cada uma com um ponto de interrogação maior que a anterior. Nesses dias tento seguir a rotina religiosamente e espero que as interrogações tragam respostas. Se as respostas não surgirem, sigo outra direcção. É porque nunca serão certezas.
Nos dias em que não acordo (simplesmente porque nem adormeci), não consigo distinguir claramente se as janelas que vão abrindo trazem pontos de interrogação ou pontos de exclamação. Aí, sim! Baralha-se-me o sistema todo e não sei se as deixo hibernar in the corners of my mind ou se espreito lá para dentro porque me vão dar respostas, certezas.
Gosto de observar as outras pessoas, observar as curiosidades do comportamento humano, (já não é a primeira vez que o digo), e tentar traçar/adivinhar-lhes um perfil. Verifiquei inúmeras vezes que há quem prefira passar pela vida não tendo nada como certo. Pelos vistos, é-lhes confortável essa posição. Como conseguem? Qual é o segredo para a felicidade desse desprendimento?
4 comentários:
talvez porque assim, tudo o que acontece é visto como uma conquista, há ganhos e perdas constantes que se tornam verdadeiras lições de vida.
Nunca fui assim e, de repente, circunstancia desta ardilosa vida, vi-me obrigada a sê-lo!
Serei melhor pessoa agora? Não sei, mas tento sê-lo!
***
Oi! Sei muito bem o que queres dizer, acho. Concordo com a Mia. Mais vale sermos desprendidos. Não seremos tão felizes, mas também não somos tão infelizes. Conclusão: como não sofremos tanto, acabamos por ser mais felizes. Fiz algum sentido? teorias...
Sim. Teorias. Concordo com a me...sem ter onde apoiar o pé não me apanham. Sendo ou não mais feliz, sê-lo-ei à minha maneira.
Mia, acho que tenho muito que aprender ctg.
NUXA, fizeste todo o sentido...
FLR, é o meu ponto de vista. Deixa lá ver o que isto dá!
Enviar um comentário