sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Mais do que palavras... (VI)

"E sou meu próprio frio que me fecho longe do amor desabitado e líquido,
amor em que me amaram,
me feriram sete vezes por dia em sete dias de sete vidas de ouro,
amor, fonte de eterno frio, minha pena deserta, ao fim de março,
amor, quem contaria ?
E já não sei se é jogo, ou se poesia."


Carlos Drummond de Andrade

2 comentários:

Anónimo disse...

Sublime! Espelho da minha alma...

Anónimo disse...

Este grande senhor tem o dom de ver o interior do ser humano com uma nitidez! Grande talento para jogar com as palavras.