O meu filho soube hoje o que era uma manifestação. Participou numa pela primeira vez. Ainda ponderei sobre se seria uma boa ideia levá-lo, mas logo que cheguei ao local vi, com agrado, que grande parte dos pais tinha optado por levar as suas crias também. Provavelmente com o mesmo objetivo com que levei a minha: para que sentissem que quando alguma coisa na vida das pessoas não está bem, porque outras não estão a cumprir com o que haviam prometido, há sempre algo que pode (e DEVE) ser feito. Por mais poder que as outras tenham. E tudo correu da melhor forma, em Faro: pacífica e ordeiramente.
Como era de esperar, as perguntas foram mais que muitas: que diziam os cartazes; que diziam as pessoas; porque gritavam; o que eram palavras de ordem; para quem estão a falar; será que as vão ouvir. O papel do pai-educador não é fácil nestes momentos. Há certas noções políticas e sociais algo abstratas, difíceis de concretizar para uma criança de 8 anos... O nosso tempo não durou o tempo da manifestação, obviamente. Mesmo assim, parece-me que o essencial ficou lá (ou cá): "Espero que a austeridade acabe depressa e que as pessoas voltem a ser felizes outra vez", dizia enquanto nos dirigíamos ao carro para voltarmos a casa. E percebi que a palavra 'austeridade' passou a fazer parte do discurso do meu filho.
2 comentários:
Estive orgulhosamente nessa manifestação. Infelizmente a minha filha, que vai nos catrorze, preferiu ir com a mãe ao Centro Comercial. Sinais dos tempos que me deixam irritado.
como gostei desse "orgulhosamente", Fernando! muito obrigada pela sua visita e pelo comentário.
até sempre!
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