Foram três horas da banda em palco numa harmonia com o público assinalável. Aquele início em que se ouviram os sinos da "Plainsong" deixou-me logo sem defesas (e eu levava algumas). Seguiu-se a "Pictures of you"... e, sobre esta, mais não digo. Devorei cada nota que ouvi, é um facto, mas destaco outro momento que me transportou para certos lugares e que começou assim: "Kiss me goodbye...". É! "The same deep water as you" fez parte da banda sonora deste sonho sem tamanho.
Os The Cure estão excelentes em palco, e o Robert foi um mestre naquela guitarra (a tal com o registo "2012: citizens not subjects"), e na forma como só ele sabe interpretar aquelas letras. A empatia com o público foi incomensurável! Uma cumplicidade imensa, mesmo. Percebi, por uma ou outra vez, que até parava de tocar e desatava a dançar daquela maneira cutchi que só ele sabe, de braços no ar, como se estivesse a "curtir" ao nosso lado, como se fosse um de "nós". E o sorriso que esboçava sempre que se dirigia ao público, algo tímido, sincero...
Mas a minha aventura com estes senhores começou ainda antes de subirem ao palco. Estive a conversar durante algum tempo com o Roger e o Jason (nem acredito que vos estou a contar isto!). Estavam ao meu lado, no público, assistíamos a outra banda. Reconheci-os e, claro, não pude deixar de dizer um olá e de lhes agradecer o tanto que contribuíram para que a minha vida fosse mais bonita. Uns senhores! E, ao mesmo tempo, de uma simplicidade marcante. Daquela que só as pessoas realmente "grandes" sabem ter. Fizeram-me perguntas, fiz perguntas, sorrimos juntos, Por motivos comuns. Inesquecível!
Incrível tudo o que aconteceu! Como aconteceu. Acho que não podia mesmo pedir mais. Bem, quer dizer, talvez um xi-coração grande ao Robert... mas vê-lo tão em sintonia connosco, a dançar, a sorrir daquele jeitinho só dele, e dizer-nos daquela forma bem-humorada de já-não-dá-para-outro-encore-mas-eu-adorei-vos: "and that's it! That has to be it!", também já foi muito bom.
Já li vários artigos e comentários de senhores "entendidos" nestas andanças da musica e, com uns concordei, com outros nem tanto (nem tenho de o fazer). Digo-vos apenas que este texto é assumidamente tendencioso, na medida em que foi escrito por alguém que traz esta banda no coração há anos. E o "meu" concerto foi assim.
4 comentários:
Lindo!
Obrigada, Pedro! =)
Bem-vindo!
(o teu também ;) )
Como é que é possível que só agora vi/li isto? Por puro acaso? E quase que, devido também a esse puro acaso, não vi/li? Dear Me, não se faz! Isto devia ter sido partilhado até à exaustão, nas páginas pessoais das pessoas que, como tu, tem o Pictures of You (entre muitas outras)no coração. Gostei. E gostei ainda mais da simplicidade com que foi escrito. Sim, palavras para quê? Como diz o outro: "o coração diz aquilo que as palavras não conseguem dizer"(ou algo assim). Só espero que voltem. Pode ser que da próxima eu possa sentir também tudo isto de que falaste e que é único. Beijos e obrigada :)
Querida Zaira, muito obrigada pelo teu comentário (gostei muito, tão sentido...) e pela partilha do post ;) ).
O próximo assistimos juntas, boa?
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